O diálogo como ato amoroso em Platão: Um breve ensaio

Autores/as

  • Camila do Espírito Santo Prado de Oliveira UFCA - Universidade Federal do Cariri

Palabras clave:

Sócrates, Amor, Filosofia, Cidade, Diálogo platônico

Resumen

Pretende-se abordar dois temas fundamentais para qualquer estudioso da obra platônica: a forma dialogal da escrita filosófica e o aspecto erótico da filosofia. A interpretação apresentada propõe que a morte de Sócrates condenado pela democracia rompeu a possibilidade de comunicação entre o filósofo e a cidade. Sócrates, como amante que é, afirma agir em benefício da cidade que, no entanto, reconhece na atividade do filósofo a corrupção de seus costumes. A escrita platônica seria, então, a recriação da possibilidade de diálogo entre filosofia e cidade. Como Aquiles volta à batalha após a morte de Pátroclo, Platão lança-se ao obrar filosófico como amante do filósofo-amante morto. Suas armas: os diálogos.

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Biografía del autor/a

Camila do Espírito Santo Prado de Oliveira, UFCA - Universidade Federal do Cariri

Professora de Filosofia do Instituto Interdisciplinar de Ciências Sociais, Cultura e Arte da Universidade Federal do Cariri

Citas

DIÓGENES LAÉRCIO. Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres. Trad. Mário da Gama Kury. Brasília: UNB, 1977.

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Publicado

10-10-2015

Cómo citar

OLIVEIRA, C. do E. S. P. de. O diálogo como ato amoroso em Platão: Um breve ensaio. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), [S. l.], v. 22, n. 38, p. 31–40, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/7630. Acesso em: 17 jul. 2024.