Sobre caráter e personalidade: as antropologias de Fromm, Horkheimer e Adorno nos anos 1930 e 1940 [On character and personality: Anthropologies by Fromm, Horkheimer and Adorno in the 30's and 40's]
DOI :
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2018v25n47ID13271Mots-clés :
Antropologia, Caráter, Personalidade, Freud, Sociedade, Indivíduo [Anthropology, Character, Personality, Society, Individual]Résumé
O artigo pretende comparar noções de caráter e personalidade presentes em textos de Fromm, Horkheimer e Adorno de 1930 e 1940. A comparação tem como norte o delineamento de diferentes concepções de antropologia baseadas em duas leituras da teoria freudiana. De um lado, temos a teoria da falência da família como mediadora entre indivíduo e sociedade, formando um caráter “coeso” e socialmente adaptado por influência direta de instituições sociais. Neste âmbito, é enfatizada a teoria freudiana do desenvolvimento das fases sexuais individuais e a denúncia de Freud enquanto um “idealista” por não levar em consideração as determinações sociais. De outro lado, vemos uma antropologia mediada pela mercadoria, levando a uma centralidade crítica da reificação como denúncia de contradições sociais que são refletidas em conflitos psíquicos, formando uma personalidade também contraditória. Em relação a Freud, esta última antropologia enfatiza o inconsciente, pulsões e sexualidade, além da assunção de aspectos mais “pessimistas” de sua psicanálise. Para tanto, utilizamos, dentre outros, os Studien über Autorität und Familie e The Authoritarian Personality.
[The article intends to compare the notions of character and personality on Fromm, Horkheimer and Adorno’s texts from 30’s and 40’s. The comparison is guided by the design of different conceptions of Anthropology based on two Freudian readings. On one side, we have the theory of the ruin of the family as a mediator between individual and society, forming a “cohesive” and socially adapted character by direct influence of social institutions. In this scope, Freud's theory of the development of the individual sexual phases is emphasized, as well as the denunciation that makes Freud an "idealist" for not taking social determinants into account. In contrast, one can formulate an Anthropology mediated by the commodity, leading to a critical centrality of reification as denunciation of social contradictions that are reflected in psychic conflicts, forming a personality also contradictory. In relation to Freud, the latter Anthropology emphasizes the unconscious, drives and sexuality, as well as the assumption of Freud’s more “pessimistic” aspects. Therefore, we use, among others, the Studien über Autorität und Familie and The Authoritarian Personality.]
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