A RELAÇÃO DE RISCO E RETORNO NAS EMPRESAS INTEGRANTES DO ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL NO PERÍODO DE 2008 A 2010
Abstract
O mercado financeiro mundial identificou a eminência por investimento socialmente responsável tocado pelas organizações empresariais devido à pressão da sociedade em incentivá-las a seguir o modelo de desenvolvimento sustentável e, por isso, criou índices com o objetivo de reuni-las como forma de averiguar a rentabilidade dessas aplicações: no Brasil, em 2005, foi criado o índice de sustentabilidade empresarial (ISE). Tal questão representa um desafio para as organizações porque existe uma controvérsia acerca disso, pois, de um lado, a corrente teórica do shareholder defende que as empresas devem gerar valor somente ao acionista e, pela corrente teórica do stakeholder, esse grupo se estende à sociedade, clientes, fornecedores etc. Diante dessa controvérsia acadêmica, estudos realizados no cenário brasileiro verificaram se as organizações sustentáveis foram mais lucrativas ou não em relação às organizações que não adotaram essa prática, no entanto os resultados apontados nesses estudos foram conflitantes entre si. Desse modo, como forma de contribuir para discussão do tema, este estudo teve como objetivo investigar a relação de risco e retorno das empresas integrantes do ISE no período de 2008 a 2010, verificando se elas apresentaram retornos médios maiores e riscos sistêmicos menores. Para alcançar esse objetivo foi utilizado o teste F a 5% de significância. Os resultados encontrados sugerem que a diferença dos retornos médios e dos riscos sistemáticos da amostra, comparados aos valores de um grupo controle pares a ela, não foram significativas, portanto as empresas listadas no ISE não ofereceram vantagens relevantes em nenhum período analisado. Recomendam-se outras pesquisas sobre o tema incluindo o segmento bancos pertencentes ao ISE e um período maior de investigação.
Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável. Índice de Sustentabilidade Empresarial. Risco e Retorno.
ABSTRACT
The world financial market identified the eminence for socially responsible investment touched by the business organizations due to the pressure of the society to encourage them to follow the sustainable development model and, hence, created indexes with the objective to reunite them as a way to verify the profitability of these applications: in Brazil, in 2005, the business sustainable index was created (BSI). Such question represents a challenge for the organizations because there’s a controversy about this, for one side, the theoretical current of shareholder defends that the enterprises must generate an amount only to the shareholders and, by the theoretical current of the stakeholder, this group is extended for the society, customers, suppliers, etc. Over this academic controversy, studies realized in the Brazilian scenery verified if the sustainable organizations were more lucrative or not in relation to the organizations that didn’t adopt this practice, however the pointed results in these studies were conflicting between each other. Thereby, as a way to contribute for the theme discussion, this study had as objective to investigate the risk and return relations of the enterprises that are members of the BSI in the period of 2008 to 2010, verifying if they show bigger average returns and smaller systemic risks. To reach this objective, we used the F test with 5% of significance. The results found suggest that the average returns and the systemic risks of the sample, compared to the amounts of a control group in pairs with it, were not significant. In other words, the listed enterprises in the BSI don’t offer significant advantages compared to the enterprises in the control group in any analyzed period. We recommend other researches about the theme including the segment banks that belong to the BSI and a larger period of investigation.
Keywords: Sustainable Development. Sustainability Corporate Index. Risk and Return.
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