Nossa voz ecoa: "graffiti" sob a ótica de mulheres negras brasileiras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36025/arj.v10i1.25383

Palavras-chave:

grafite, graffiti, mulheres negras, feminismo negro, arte brasileira, artes visuais

Resumo

Essa pesquisa tem como objetivo discutir o Graffiti como movimento histórico-social e artístico através das pinturas de seis artistas grafiteiras afro-brasileiras, refletindo sobre as representações de imagens de mulheres negras, à luz de teóricas feministas negras. Entendemos que a experiência feminina e/ou negra na Arte brasileira foi historicamente omitida, com suas culturas e singularidades negadas e subjugadas, quase não sendo produzida por esses corpos. A pesquisa qualitativa envolve obras produzidas pelas seis grafiteiras, oriundas de cinco estados brasileiros, bem como a utilização de entrevistas e o registro fotográfico das imagens. Usando elementos da metodologia de história de vida, buscamos compreender seus processos de formação como artistas/mulheres/negras, principalmente, quando a cultura do Graffiti as atravessa, e como se dão seus discursos através de suas produções artísticas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nathália Carvalho Ferreira, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Artista Visual. Grafiteira e Educadora Social. Graduada em Artes Visuais pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atuou como Mediadora Cultural no Museu do Homem do Nordeste, Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ). Foi bolsista de iniciação científica (CNPq/PIBIC, 2016-2017). Possui trabalhos no Recife e outras cidades brasileiras. Expôs no Festival Internacional de Arte de São Paulo, SP-Arte, além de marcar presença em vários festivais.

Maria Betânia e Silva, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Doutora em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG. Mestra em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco, UFPE. Graduada em Artes Plásticas e Graduanda em Filosofia pela UFPE. Professora da Graduação em Artes Visuais da UFPE e do Programa Associado de Pós-Graduação em Artes Visuais UFPB/UFPE.

Referências

BAMONTE, Joedy Luciana Barros Marins. A identidade da mulher negra na obra de Rosana Paulino: considerações sobre o retrato e a formação da arte brasileira. Anais. ENCONTRO NACIONAL DA ANPAP PANORAMA DA PESQUISA EM ARTES VISUAIS, v. 17, 2008.

BARRETO, S. G. P. Hip-hop na Região Metropolitana de Recife. 2004. 188 fl. Dissertação (Mestrado em Sociologia). Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2004.

CAMPBELL, Brígida. Arte para uma cidade sensível. São Paulo: Invisíveis Produções, 2015. 320 p.

CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: ASHOKA Empreendimentos Sociais; TAKANO Cidadania (org.). Racismos contemporâneos. Rio de Janeiro: Takano, 2003.

COLLINS, Patricia. Learning from the outsider within: the sociological significance of black feminist thought. Social Problems, v. 33, n. 6, “Special theory issue”, p. 14-32, 1986. Tradução: Juliana de Castro Galvão. Revisão: Joaze Bernardino Costa. 2016.

CONDURU, Roberto. Arte Afro-Brasileira. Belo Horizonte: Editora C/Arte, 2012.

COSTA, Maria Cristina Castilho. A imagem da mulher: um estudo de arte brasileira. São Paulo: Senac, 2002.

COSTA, Mônica Rodrigues; MENEZES, Jaileila de Araújo; SAMICO, Shirley de Lima. Para além das rotas preestabelecidas: as tensões de gênero em um mutirão de grafite. Athenea Digital: Revista de Pensamiento e Investigación Social, v. 13, n. 3, p. 57-74, 2013. Disponível em: https://atheneadigital.net/article/view/v13-n3-rodrigues-dearaujo-delima. Acesso em: 22 maio 2023.

DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

ECO, Umberto. História da feiura. Tradução de Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Record, 2007.

ESTADÃO. Guerrilla Girls tomam o Masp e denunciam sexismo, 2017. Disponível em: http://cultura.estadao.com.br/noticias/artes,guerrilla-girls-tomam-o-masp-e-denunciam-sexismo,70002018858. Acesso em: 20 mar. 2018.

FREIRE, Rebeca S. Participação política das mulheres jovens: Hip Hop e (novo) movimento social em Salvador. Seminário Internacional Fazendo Gênero, v. 9. Florianópolis, 2010. Disponível em: http://www.fg2010.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/1277918193_ARQUIVO_TextoCompletoComunicacaoOralok.pdf. Acesso em: 22 maio 2023.

GARRAFFONI, Renata Senna. Arte Parietal de Pompéia: imagem e cotidiano no mundo romano. Domínios da Imagem, v. 1, n. 1, p. 149-161, 2007. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/dominiosdaimagem/article/view/19263. Acesso em: 22 maio 2023.

GITAHY, C. O que é graffiti. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 2011.

GOMES, Jamila Reis. A cultura hip-hop: saberes e resistências cotidianas ordinários dos habitantes do seu lugar de vida. In: FACULDADE DE ARQUITETURA/UFBA. Seminário Salvador e suas Cores: Arquiteturas Afro-Brasileiras – Um Campo em Costrução. Salvador, 2017. Disponível em: https://e1c57505-acff-4124-b5c2-26cec55fb10c.filesusr.com/ugd/29409c_f3286abbe17b4ae49b0d04643cb08b64.pdf. Acesso em: 18 mar. 2020.

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje – Anuário de Antropologia, Política e Sociologia. 1984.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2020.

KILOMBA, Grada; VIEIRA, Kauê. Grada Kilomba: o racismo e o depósito de algo que a sociedade branca não quer ser. Entrevista concedida a Kauê Vieira. Disponível em: https://ponte.org/grada-kilomba-o-racismo-e-o-deposito-de-algo-que-a-sociedade-branca-nao-quer-ser/. Acesso em: 20 fev. 2021.

MATTOS, Nelma Cristina Silva Barbosa de. Arte afro-brasileira: contraponto da produção visual no Brasil. Revista da ABPN, Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as), v. 11, n. 27, p. 165-183, 2019. Disponível em: https://abpnrevista.org.br/site/article/view/670. Acesso em: 22 maio 2023.

MOURA, Thiago Santa Rosa de. Pixadores, grafiteiros e suas territorialidades: apropriações socioespaciais na cidade do Recife. 2014. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2014.

MUNANGA, Kabengele. Arte Afro-brasileira: O que é afinal? In: AGUILAR, Nelson (org.). Mostra do Descobrimento: Arte Afro-brasileira. São Paulo: Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, 2000. p. 98-111.

PAULINO, R. Textos de minha autoria. Rosana Paulino, 2009. Disponível em: http://www.rosanapaulino.com.br/blog/textos-de-minha-autoria/. Acesso em: 24 fev. 2021.

PROSSER, Elisabeth Seraphim. A cidade como suporte da arte de rua em Curitiba: uma perspectiva sociológica e antropológica. IV Fórum de Pesquisa Científica em Arte, v. 4, p. 1-19, 2006.

RAIMUNDO, Valdenice José; GEHLEN, Vitória; ALMEIDA, Daniely. Mulher negra: inserção nos movimentos sociais feminista e negro. Cadernos de Estudos Sociais, FUNDAJ, v. 1, p. 1-8, 2006. ISSN 0102-4248.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017.

SAMICO, Shirley de Lima. Lideranças femininas e feministas: um estudo sobre a participação de jovens mulheres no movimento hip hop. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2013.

SANTOS, Renata Aparecida Felinto dos. A pálida História das Artes Visuais no Brasil: onde estamos negras e negros? Revista GEARTE, v. 6, n. 2, 2019. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/gearte/article/view/94288. Acesso em: 22 maio 2023.

SILVA, Aline Pacheco; BARROS, Carolyne Reis; NOGUEIRA, Maria Luisa Magalhães; BARROS, Vanessa Andrade. “Conte-me sua história”: reflexões sobre o método de História de Vida. Mosaico: estudos em psicologia, v. 1, n. 1, 2007. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/mosaico/article/view/6224. Acesso em: 22 maio 2023.

TAVARES, Celma; BUARQUE, Cristina Maria; MEIRA, Fernanda; ALBERNAZ, Lady Selma; CAVALCANTI, Raiza; SOUZA, Rosangela e SILVA, Rosário (org.). Mulheres construindo igualdade: caderno etnicorracial. Recife: Governo do Estado de Pernambuco; Secretaria da Mulher, 2011.

Publicado

25-05-2023 — Atualizado em 25-05-2023

Versões

Como Citar

FERREIRA, N. C.; SILVA, M. B. e. Nossa voz ecoa: "graffiti" sob a ótica de mulheres negras brasileiras. ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes, [S. l.], v. 10, n. 1, 2023. DOI: 10.36025/arj.v10i1.25383. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/artresearchjournal/article/view/25383. Acesso em: 20 abr. 2024.