O vídeo como prática cultural e a performatividade videográfica na obra "Janelas Afetivas" do Coletivo COM.6

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36025/arj.v11i1.32170

Palavras-chave:

vídeo, cultura e tecnologia, performatividade videográfica, Janelas Afetivas, COM.6

Resumo

O artigo trata do vídeo como prática cultural e tecnológica e propõe um estudo da performatividade videográfica. Para tanto analisa a obra Janelas Afetivas, de 2020, do Coletivo artístico COM.6, composta por uma videochamada, exibida ao vivo pelo Youtube. O objetivo é descrever as estruturas relacionais e os aspectos estéticos do vídeo a partir de uma aproximação com os fundamentos teóricos de Andrew Feenberg e Don Ihde. A metodologia partiu de um mapeamento de vídeos produzidos no espaço em rede, on-line, durante os anos 2020 e 2021 e da escolha de obras para análise, dentre elas Janelas Afetivas. Os resultados apontam para uma ocupação do espaço on-line por distintas manifestações em vídeo ao vivo que exploram uma forma contaminada da linguagem audiovisual, que atua constantemente no campo social e cultural para se perpetuar como linguagem e comportamento tecnológico, e disso resulta a competência e a performatividade videográfica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Regilene Aparecida Sarzi-Ribeiro, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)

Doutora em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Pesquisa de pós-doutorado em Performances Culturais na Universidade Federal de Goiás (UFG) e em Artes no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (IA UNESP). Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Mídia e Tecnologia (PPGMIT Doutorado). Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Mídia e Tecnologia e docente do curso de Artes Visuais da Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design, Campus de Bauru (FAAC/UNESP/Bauru). Líder do grupo de pesquisa LabIMAGEM – Laboratório de Estudos de Imagem (CNPq) e do Projeto labVIDEO – Laboratório de Poéticas do Vídeo.

Referências

AUSTIN, J. L. How to do things with words. Oxford Press, London, 1962.

BASTOS, Marcus; MORAN, Patrícia. Audiovisual ao vivo: tendências e conceitos. São Paulo: Intermeios, 2020.

BENTES, Ivana. Midia-Arte: Estéticas da Comunicação e Modelos Teóricos. In: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. UERJ, 2005. p. 1-15.

CABRAL, Arthur. Prospecções afetivas: em tempos de pandemia. Brasília: MediaLab/UNB, 2020. Disponível em: http://medialab.unb.br/index.php/component/content/category/19-eventos?Itemid=101. Acesso em: 12 abr. 2023.

CARVALHO, Ana. Experiências e fruição nas práticas da performance audiovisual ao vivo. Teccogs: Revista Digital de Tecnologias Cognitivas, n. 6, p. 232-244, jan-jun 2012. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/teccogs/article/view/52889/34702 Acesso em: 11 jan. 2024.

CUPANI, Alberto. Filosofia da Tecnologia: um convite. Florianópolis: UFSC, 2011.

EMMEIO#12.0. Janelas Afetivas. Brasília: MediaLab/UnB, 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/playlist?list=PLxkIqaMJsWqUY0zIjqVVt2kD4KPeWiynq. Acesso em: 12 abr. 2023.

FEENBERG, Andrew. Critical Theory of Technology. New York: Oxford University Press. 1991.

FEENBERG, Andrew. Heidegger and Marcuse: The Catastrophe and Redemption of History. Routledge, 2004.

FEENBERG, Andrew. La Tecnología en custión. Buenos Aires: Prometeo Libros, 2016.

FEENBERG, Andrew. Questioning technology. Routledge;1999.

FEENBERG, Andrew. Tecnologia, Modernidade e Democracia. [Portugal]: Inovatec, 2018.

FEENBERG, Andrew. Ten Paradoxes of Technology. Techné: Research in Philosophy and Technology, v. 1, n. 14, p. 3-15, 2010.

FEENBERG, Andrew. Transforming Technology: A Critical Theory Revisited. Oxford University Press, 2002.

IHDE, Don. Postphenomenology and Technoscience. The Peking University Lectures. Suny Press, 2009.

IHDE, Don. Tecnologia e o Mundo da Vida: do Jardim à Terra. Chapecó: UFFS Editora, 2017.

KAC, Eduardo. A arte da Telepresença na Internet. In: DOMINGUES, Diana (org.). A arte no século XXI: a humanização das tecnologias. São Paulo: UNESP, 1997. p. 315-324.

KAC, Eduardo. Origem e Desenvolvimento da Arte Robótica. Cadernos da Pós-Graduação, Instituto de Artes, Unicamp, v. 2, n. 2, p. 18-28, 1998.

MALVA, Daniel et al. Janelas Afetivas: espaços de compartilhamento. In: ROCHA, Cleomar et al. (org.). Anais do VII Simpósio Internacional de Inovação em Mídias Interativas. HUB Eventos 2020. São Paulo: MediaLab/BR; PUC-SP, 2020. p. 189-198.

MARINCONDA, Pablo Rubén; MOLINA, Fernando Tula. Entrevista com Andrew Feenberg. Scientiae Studia. v. 7, n. 1, p. 165-171, 2009. DOI: https://doi.org/10.1590/S1678-31662009000100009

MELIN, Regina. Performance nas artes visuais. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

MINSKY, Marvin. Telepresence. Omini, p. 44-52, June, 1980. Disponível em: https://web.media.mit.edu/~minsky/papers/Telepresence.html. Acesso em: 9 jan.2024.

NUNES, Fábio Oliveira. Gênesis: Arte transgênica via Internet. Studium, Universidade de Campinas, São Paulo, n. 23, 2006. Disponível em: https://www.ekac.org/studium23.html. Acesso em: 9 jun. 2024.

SANTELLA, Lucia. Corpo e comunicação: sintoma da cultura. São Paulo: Paulus, 2004. 161 p.

SARZI-RIBEIRO, Regilene A. Corpo e videoarte no Brasil: desejos da parte e presenças do todo. Bauru, SP: Canal 6, 1996.

SARZI-RIBEIRO, Regilene A. O dispositivo videográfico e as narrativas de si mesmo e do outro: videocorpo. Revista Palíndromo, v. 10, n. 21, p. 101-115, jul. 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.5965/2175234610212018101.

Publicado

22-07-2024

Como Citar

SARZI-RIBEIRO, R. A. O vídeo como prática cultural e a performatividade videográfica na obra "Janelas Afetivas" do Coletivo COM.6. ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes, [S. l.], v. 11, n. 1, 2024. DOI: 10.36025/arj.v11i1.32170. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/artresearchjournal/article/view/32170. Acesso em: 21 nov. 2024.