EXECUÇÃO PENAL PROVISÓRIA AUTORIZADA PELO STF: AMPLIAÇÃO DE ESTADO DE EXCEÇÃO NO BRASIL

Autores

  • José Vagner de Farias Unifor - Universidade de Fortaleza

DOI:

https://doi.org/10.21680/1982-310X.2018v11n2ID15460

Resumo

O presente estudo tem como objeto a análise das decisões pelo STF do Habeas Corpus
126.292 SP e Ações Declaratórias de Constitucionalidade nº 43 e 44, as quais provocaram
intenso debate jurídico, à luz da teoria do estado de exceção. Tais decisões possibilitaram a
execução provisória de pena após condenação de segundo grau pelo Poder Judiciário, mesmo
pendente recurso a tribunal superior, sem necessidade de apurar possível prisão cautelar, já
prevista no ordenamento. Questiona-se se tal decisão não viola expressamente a norma de
presunção de inocência prevista no artigo 5º, inciso LVII da Constituição Federal de 1988.
Busca-se verificar se a decisão guarda relação com o contexto político e econômico que o país
passou a viver após as manifestações de junho de 2013. Em seguida, é feita uma abordagem
legal e doutrinária das decisões dos ministros sobre as decisões mencionadas. Analisa-se os
pensamentos de Carl Schimitt, Walter Benjamin e Giorgio Agambem sobre estado de exceção.
É feita uma abordagem, trazendo um paralelo das principais idéias destes pensadores com a
questão da prisão penal automática após condenação de segundo grau. A pesquisa foi
realizada por meio de estudo bibliográfico. Trata-se de decisão polêmica que mudou
entendimento pacificado pelo próprio STF em 2009.

 

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Biografia do Autor

José Vagner de Farias, Unifor - Universidade de Fortaleza

Doutorando em Direito Constitucional pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR. Mestre em Direito Constitucional pela UNIFOR. Especialista em Direito e Processo de Família e Sucessões pela UNIFOR. Defensor Público do Estado do Ceará.

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Publicado

04-04-2019

Como Citar

DE FARIAS, J. V. EXECUÇÃO PENAL PROVISÓRIA AUTORIZADA PELO STF: AMPLIAÇÃO DE ESTADO DE EXCEÇÃO NO BRASIL. Revista Digital Constituição e Garantia de Direitos, [S. l.], v. 11, n. 2, p. 21–42, 2019. DOI: 10.21680/1982-310X.2018v11n2ID15460. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/constituicaoegarantiadedireitos/article/view/15460. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

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