Quanto vale o trabalho do(a) professor(a)?
Carreira e remuneração (1932-1964)
DOI:
https://doi.org/10.21680/1981-1802.2022v60n63ID27139Palavras-chave:
História da educação, Profissão docente, Magistério, Remuneração docente.Resumo
O presente artigo apresenta análise histórica acerca da carreira e da remuneração de professores no município de São Sebastião do Caí/RS entre os anos de 1932 e 1964. Como fontes documentais para o estudo, foram mobilizados livros contendo registro de pagamentos realizados a funcionários da municipalidade caiense e a legislação municipal. Em diálogo com a literatura de referência no campo da História da Educação, a análise evidencia permanências no que se refere à desvalorização docente. O exame das fontes aponta aspectos importantes quanto à forma de ingresso e saída da profissão docente, as diferenças de classificação e remuneração dos professores em atuação nas escolas do município e, ainda, a comparação com valores recebidos por outros trabalhadores no mesmo município naquele período. Também, apresenta-se a análise referente ao vencimento recebido pelos docentes municipais no comparativo com o salário mínimo nacional, incluindo-se a equiparação das jornadas semanais de trabalho.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Jane Soares. Mulher e educação: a paixão pelo possível. São Paulo: Editora Unesp Fundação, 1998.
CAÍ (Município). Decreto Executivo nº 71, de 15 de junho de 1944.
CAÍ (Município). Decreto Executivo nº 77, de 25 de abril de 1945.
CAÍ (Município). Lei nº 132, de 27 de março de 1952.
CAÍ (Município). Lei nº 151, de 21 de agosto de 1952.
CAÍ (Município) Lei nº 232, de 14 de outubro de 1954.
CAÍ (Município) Lei nº 24, de 29 de julho de 1948.
CAÍ (Município). Lei nº 361, de 29 de novembro de 1958.
CAMARGO, Rubens Barbosa de; GOUVEIA, Andréa Barbosa; GIL, Juca; MINHOTO, Maria Angélica Pedra. Financiamento da educação e remuneração docente: um começo de conversa em tempos de piso salarial. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação ? RBPAE, Porto Alegre, v. 25, n. 2, p. 341-363, maio/ago. 2009.
CAMPOS, Maria Christina Siqueira de Souza. Formação do corpo docente e valores na sociedade brasileira: a feminização da profissão. In: CAMPOS, Maria Christina Siqueira de Souza; SILVA, Vera Lúcia Gastar da (Eds.). Feminização do magistério: vestígios do passado que marcam o presente. Bragança Paulista: EDUSF, 2002.
CATANI, Denice Bárbara. Educadores à meia-luz: um estudo sobre a Revista de Ensino da Associação Beneficente do Professorado Público de São Paulo. Bragança Paulista: EDUSF, 2003.
CORSETTI, Berenice. Modernidade e modernização no Rio Grande do Sul: a expansão da escola pública (1889-1930). Educação Unisinos, São Leopoldo, v. 5, n. 9, p. 39-59, jul./dez. 2004.
COSTA, Marisa Vorraber. Trabalho docente e profissionalismo. Porto Alegre: Sulina. 1995.
DEMARTINI, Zeila de Brito Fabri; ANTUNES, Fátima. Magistério primário: profissão feminina, carreira masculina. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 86, p. 5-14, ago. 1993.
DURÃES, Sarah Jane. Acerca do valor de ser professor(a) - remuneração do trabalho docente em Minas Gerais (1859-1900). Revista Brasileira de História da Educação, São Paulo, n. 14, maio/ago. 2007.
ENTENDA como é calculado o piso dos professores da educação básica, Correio do Povo, Porto Alegre, 14 jan. 2017. Disponível em: http://portalcorreio.com.br/noticias/emprego-e-educacao/geral/2017/01/14/NWS,290507,44,423,NOTICIAS,2190-ENTENDA-CALCULADO-PISO-PROFESSORES-EDUCACAO-BASICA.aspx. Acesso em: 23 mar. 2017.
FAUSTO, Bóris. História do Brasil. 8. ed. São Paulo: Edusp, 2000.
FLÔRES, Taís Pereira. Categoria docente municipal: remuneração, carreira e profissão (São Sebastião do Cahy/Caí, RS – 1932-1961). Porto Alegre, 2015, 60p. Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura em Pedagogia. Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015.
GIL, Natália de Lacerda; HAWAT, Joseane El. O tempo, a idade e a permanência na escola: um estudo a partir dos livros de matrícula (Rio Grande do Sul, 1895-1919). História da Educação, Porto Alegre, v. 19, n. 46, p. 19-40, 2015.
SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ. Índice dos Livros de Leis, Atos e Decretos. 1892-1996. Câmara Municipal de Vereadores de São Sebastião do Caí, 1996.
LEMOS, Daniel Cavalcanti de Albuquerque. Professores em movimento: a emergência do associativismo docente na Corte Imperial. 2011. 219 f. Tese (Doutorado em Educação) ? Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, 2011.
LEMOS, Daniel Cavalcanti de Albuquerque. O manifesto dos professores públicos primários da Corte Imperial e a emergência do associativismo docente. Revista de Educação Pública, Cuiabá, v. 27, n. 64, p. 203-223, 2018.
LIMEIRA, Aline de Morais. Espaços mistos: o público e o privado na instrução do século XIX. Revista Brasileira de História da Educação, São Paulo, v. 11, n. 3, p. 99-129, set-dez. 2011.
SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ. Livro-folha dos Funcionários Municipais. 1940-1942. Arquivo Histórico Municipal de São Sebastião do Caí, códice 28, 1942.
SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ. Livro-folha dos Funcionários Municipais. 1942-1961. Arquivo Histórico Municipal de São Sebastião do Caí, códice 09, 1961.
SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ. Livro-folha dos Funcionários Municipais. 1932-1933. Arquivo Histórico Municipal de São Sebastião do Caí, códice 171, 1933.
SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ. Livro-folha dos Funcionários Municipais.1936-1938. Arquivo Histórico Municipal de São Sebastião do Caí, códice 14, 1938.
SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ. Livro-folha dos Funcionários Municipais. 1938-1940. Arquivo Histórico Municipal de São Sebastião do Caí, códice 05, 1940.
LOURO, Guacira Lopes. Magistério de 1º grau: um trabalho de mulher. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 11, n. 2, jul./dez. 1989.
LUGLI, Rosario Genta. O trabalho docente no Brasil: o discurso dos Centros Regionais de Pesquisa Educacional e das entidades representativas do magistério (1950-1971). 2002. Tese. (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.
MASSON, Alceu. Monografia – Caí. São Sebastião do Caí: Gráfica Caiense, 1940.
MATE, Cecília Hanna. Lourenço Filho e a Reforma de 1931 (SP): o governo de professores… e alunos. In: MIGUEL, Maria Elisabeth Blanck; VIDAL, Diana Gonçalves; ARAÚJO, José Carlos Souza (org.). Reformas Educacionais: as manifestações da Escola Nova no Brasil (1920-1946). Uberlândia: Edufu, 2011.
PAULILO, André Luiz. Políticas públicas de educação ? a estratégia como invenção (Rio de Janeiro, 1922-1935). Campinas: Editora Unicamp, 2015.
QUASE 40% dos professores não têm formação para a matéria que ensinam, Folha de S. Paulo, São Paulo, 28 mar. 2016. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2016/03/1754899-quase-40-dos-professores-nao-tem-formacao-para-a-materia-que-ensinam.shtml. Acesso em: 23 mar. 2017.
RIO GRANDE DO SUL. Relatório apresentado ao Exmo. Sr. Dr. Carlos Barbosa Gonçalves, Presidente do Estado do Rio Grande do Sul, pelo Dr. Protasio Antonio Alves, Secretário de Estado dos Negócios do Interior e Exterior, em 9 de setembro de 1912. Porto Alegre: Officinas Graphicas da Livraria do Globo, 1912.
RIO GRANDE DO SUL. Constituição política do Estado do Rio Grande do Sul –1891. Porto Alegre: Officinas Graphicas d’A Federação, 1891.
RIO GRANDE DO SUL. Constituições Sul-rio-grandense 1843-1947. Porto Alegre: Imprensa Oficial, 1963. (Edição comemorativa do 16º aniversário da promulgação da constituição do estado).
SÃO PAULO (Estado). Annuario do Ensino do Estado de São Paulo. São Paulo: Directoria Geral da Instrucção Publica, 1914.
SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ. Lei nº 389, de 30 de novembro de 1959.
SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ. Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos. Portaria nº 20/61, de 27 de outubro de 1961. São Paulo: Anuário dos trabalhadores 2000/2001. 2001.
SCHNEIDER, Regina Portella. A instrução pública no Rio Grande do Sul (1770-1889). Porto Alegre: Editora Universidade/UFRGS/EST Edições, 1993.
SCHUELER, Alessandra Frota de. Representações da docência na imprensa pedagógica na corte imperial (1870-1889): o exemplo da instrução pública. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 379-390, set./dez. 2005.
TAMBARA, Elomar. Profissionalização, escola normal, feminização e feminilização: magistério sul-rio-grandense de instrução pública – 1880/1935. In: HYPOLITO, Álvaro Moreira; VIEIRA, Jarbas Santos; GARCIA, Maria Manuela Alves. Trabalho docente: formação e identidades. Pelotas: Seiva Publicações, 2002.
VEIGA, Cynthia Greive. A produção da infância nas operações escriturísticas da administração da instrução elementar no século XIX. Revista Brasileira de História da Educação, São Paulo, n. 9, p. 73-108, jan./jul. 2005.
VICENTINI, Paula Perin; LUGLI, Rosario Genta. História da profissão docente no Brasil: representações em disputa. São Paulo: Cortez, 2009.
VIDAL, Diana Gonçalves. Mapas de Frequência a Escola de Primeiras Letras: fontes para uma história da escolarização e do trabalho docente em São Paulo na primeira metade do século XIX. Revista Brasileira de História da Educação, São Paulo, n. 17, p. 41-67, maio/ago. 2008.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
À Revista Educação em Questão ficam reservados os direitos autorais no tocante a todos os artigos nela publicados.
A Revista Educação em Questão reserva-se ao direito de não publicar artigos e resenhas de mesma autoria (ou em co-autoria) em intervalos inferiores há 1 (um) ano.
