A autonomia pedagógica nos sistemas educativos de Portugal e do Canadá
DOI:
https://doi.org/10.21680/1981-1802.2025v63n75ID39632Palavras-chave:
Autonomia da escola, Autonomia dos professores, Sistemas educativos, EnsinoResumo
A autonomia escolar tem sido amplamente discutida na literatura, com muitos autores associando-a à estrutura centralizada ou descentralizada dos sistemas educativos. Em sistemas centralizados, como o de Portugal, a autonomia tende a ser limitada, já que é mais característica de sistemas descentralizados. A partir de entrevistas e análise de conteúdo, os investigadores compararam o grau de autonomia organizacional entre as escolas de um sistema centralizado (Portugal) e de um descentralizado (Canadá) com o objetivo de analisar e comparar o grau de autonomia pedagógica percecionado pelos gestores escolares. Em Portugal, embora haja alguma autonomia na tomada de decisões tanto coletivas quanto individuais dos professores, ela ainda está vinculada ao contexto coletivo. No Canadá, por sua vez, a autonomia é atribuída principalmente aos professores, em termos individuais, permitindo-lhes um grau considerável de liberdade pedagógica. Este contraste revela diferentes abordagens à autonomia escolar nos dois países, refletindo as especificidades de cada modelo educativo.
Downloads
Referências
ALLAL, Linda. Teachers’ professional judgment in assessment: a cognitive act and a socially situated practice. Assessment in Education: Principles, Policy & Practice, p. 1-15, 2012. Disponível em: DOI:10.1080/0969594X.2012.736364. Acesso em: 1ª dez. 2020.
ALLAL, Linda. Teachers’ professional judgement in assessment: a cognitive act and a socially situated practice. Assessment in Education: Principles, Policy & Practice, v. 20, n. 1, p. 20-34, 2013. Disponível em: DOI: 10.1080/0969594X.2012.736364. Acesso em: 1ª dez. 2020.
BARROSO, João. O estudo da autonomia da escola: da autonomia decretada à autonomia construída. In: BARROSO, João (org.). O estudo da escola. Porto: Porto Editora, 1996.
BARROSO, João. Autonomia e gestão das escolas. Lisboa: Ministério da Educação, 1997.
BARROSO, João. Políticas educativas e organização escolar. Lisboa: Universidade Aberta, 2005.
BARROSO, João. A autonomia das escolas: Retórica, instrumento e modo de regulação da acção política. In: BARROSO, João (org.). A autonomia das escolas. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2009.
BARROSO, João. A emergência do local e os novos modos de regulação das políticas educativas. Educação: Temas & Problemas, Centro de Investigação em Educação e Psicologia, p. 13-25, 2013. Disponível em: https://www.revistas.uevora.pt/index.php/educacao/article/view/11. Acesso em: 13 jan. 2016.
CANADÁ. Ministry of Education. Growing Success. Assessment, evaluation and reporting in Ontario Schools. Ontario: Ministry of Education of Ontario, 2010.
DANIELSON, Charlotte. Teacher leadership that strengthens professional practice. Alexandria, VA: Association for Supervision and Curriculum Development, 2006.
DC-A. Entrevista. Ontário (Canadá),18 dez. 2017.
DC-B. Entrevista. Ontário (Canadá), 18 dez. 2017.
DC-C. Entrevista. Ontário (Canadá), 19 dez. 2017.
DC-D. Entrevista. Ontário (Canadá), 19 dez. 2017.
DC-E. Entrevista. Ontário (Canadá), 19 dez. 2017.
DC-F. Entrevista. Ontário (Canadá), 22 dez. 2017.
DC-G. Entrevista. Ontário (Canadá), 28 dez. 2017.
DP-A. Entrevista. Zona Centro (Portugal), 25 maio 2017.
DP-B. Entrevista. Zona Centro (Portugal), 30 maio 2017.
DP-C. Entrevista. Zona Centro (Portugal), 08 jun. 2017.
DP-D. Entrevista. Zona Centro (Portugal), 22 jun. 2017.
DP-E. Entrevista. Zona Centro (Portugal), 3 jul. 2017.
DP-F. Entrevista. Zona Centro (Portugal), 3 jul. 2017.
DP-G. Entrevista. Zona Centro (Portugal), 7 ago. 2017.
EDMONDS, Alex; KENNEDY, Tom. An applied guide to research designs. Quantitative, qualitative, and mixed methods. London, United Kingdom: Sage. 2017.
FERNANDES, António Sousa. A centralização burocrática do ensino secundário: evolução do sistema educativo português durante os períodos liberal e republicano (1836-1926). Braga: universidade do Minho. 1992.
FERREIRA, António Gomes. O sentido da Educação comparada: uma compreensão sobre a construção de uma identidade. Educação, p. 124-138, 2008. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/faced/article/view/2764 Acesso em: 14 mar .2014.
GLASER, Barney; STRAUSS, Anselm. The discovery of grounded theory: strategies for qualitative research. New York: Aldine de Gruyter. 1967. Disponível em: https://www.academia.edu/7717151/Educational_History_in_Canada. Acesso em: 23 jan. 2015.
IP-A. Entrevista. Zona Centro (Portugal), 21 set. 2017.
IP-B. Entrevista. Zona Centro (Portugal), 3 ago. 2017.
L’HOSTIE, Monique; BOUCHER, Luis-Pillippe. L’accompagnement en éducation: un soutien au renouvellement des pratiques. Québec: PUQ, 2004.
MORGADO, José Carlos. A (des)construção da autonomia curricular. Lisboa: Edições ASA, 2000.
MORGADO, José Carlos. Processos e práticas de (re)construção da autonomia curricular. 2003. Braga, Universidade do Minho, 2003.
MORGADO, José Carlos; MARTINS, Fernando Benjamim. Projecto curricular: mudança de prática ou oportunidade perdida? Revista de Estudos Curriculares, Porto, p. 3-19, 2008. Disponível em: https://hdl.handle.net/1822/8620. Acesso em: 14 jan. 2014.
MORGADO, José Carlos. Projeto curricular e autonomia da escola: das intenções às práticas. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, Brasília, p. 361-588, set./dez. 2011. Disponível em: https://doi.org/10.21573/vol27n32011.26411. Acesso em: 15 jan. 2014.
ORGANIZATION FOR ECONOMIC COOPERATION AND DEVELOPMENT (OECD) (2018). Curriculum Flexibility and Autonomy in Portugal – an OECD review. Paris: OECD Publishing, 2018.
PACHECO, José Augusto. Estrutura curricular do sistema educativo português. In: PACHECO, José (org.). Organização curricular portuguesa. Porto: Porto Editora, 2008.
PARKER, Gemma. Teachers’ autonomy. Research in Education, v. 93, n. 1, p. 19-33, 2015. Disponivel em: https://doi.org/10.7227/RIE.0008. Acesso em: 20 dez. 2020.
QUIVY, Raymond; CAMPENHOUDT, Luc Van. Manual de Investigação em Ciências Sociais. Paris: Gravidi Publicações.1995.
SARMENTO, Manuel. Autonomia das escolas: dinâmicas organizacionais e lógicas de ação. A Territorialização das Políticas Educativas. Guimarães: Centro de Formação Francisco de Holanda, p. 43-57. 1993.
SC-A. Entrevista. (Ontário), Canadá, 18 dez. 2017.
SC-B. Entrevista. (Ontário), Canadá, 18 dez. 2017.
SKERRITT, Craig. School autonomy and the surveillance of teachers. International Journal of Leadership in Education, v. 26, n.4, p. 553-580, 2020. Disponível em: DOI: 10.1080/13603124.2020.1823486. Acesso em: 11 ago. 2022.
TORRES, Leonor; PALHARES, José Augusto. As organizações escolares. Um croqui sociológico sobre a investigação portuguesa. In: Pedro Abrantes (org.), Tendências e controvérsias em Sociologia da Educação. Lisboa: Mundos Sociais, 2010.
TORRES, Leonor. Cultura organizacional em contexto educativo. Sedimentos culturais e processos de construção do simbólico numa escola secundária. Braga: Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho, 2004.
WALLIN, Dawn Colette; YOUNG, Jonathan; LEVIN, Benjamin. Understanding Canadian schools: an introduction to educational administration. 6th ed. Scarborough, ON: Nelson, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Educação em Questão

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
À Revista Educação em Questão ficam reservados os direitos autorais no tocante a todos os artigos nela publicados.
A Revista Educação em Questão reserva-se ao direito de não publicar artigos e resenhas de mesma autoria (ou em co-autoria) em intervalos inferiores há 1 (um) ano.
