Niñas castigadas
la educación mediante el castigo en el preventorio de Araguari, Minas Gerais (1950-1965)
DOI:
https://doi.org/10.21680/1981-1802.2025v63n78ID41463Palabras clave:
Preventorios, Niñas, Pedagogía del castigo, Araguari, MGResumen
Los preventorios fueron creados con el propósito de acoger a niños y niñas cuyos padres o madres padecían de hanseniasis. En este artículo, el objeto de estudio es el Educandario Eunice Weaver, preventorio instalado en Araguari – MG, en el año 1952. Tiene como objetivo analizar las prácticas de castigo físico y/o simbólico contra niñas – la singularidad del cuerpo y de la subjetividad – residentes en esta institución, entre los años 1950 y 1960. La investigación siguió la orientación metodológica de la historia oral, mediante entrevistas con tres hermanas que residieron en el preventorio. El aporte teórico se basa en autores como Bosi (1994), Goffman (1987), Meihy (2002) y Foucault (2016). Los resultados indican que, en el Preventorio Eunice Weaver de Araguari (1950–1965), se utilizó el castigo físico y simbólico como instrumento de disciplina de los cuerpos femeninos, dejando marcas de vergüenza y silenciamiento que moldearon subjetividades. Al mismo tiempo, los recuerdos revelan pequeños gestos de resistencia y solidaridad entre las niñas.
Descargas
Citas
BERTOLLI FILHO, Claudio. História social da tuberculose e do tuberculoso: 1900-1950. São Paulo: Editora Fiocruz, 2001.
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 14. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. 12. ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 1998.
BRASIL. Lei nº 610, de 13 de janeiro de 1949. Dispõe sobre as medidas de profilaxia da lepra e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, Seção 1, 15 jan. 1949. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1949-1958/l0610.htm. Acesso em: 28 maio 2025.
CARVALHO, Keila Auxiliadora. Colônia Santa Izabel: a lepra e o isolamento em Minas Gerais (1920-1960). 2012, 245f. (Tese de doutorado) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2012.
CARVALHO, Marta Machado. Molde nacional e fôrma cívica: higiene, moral e trabalho no projeto da escola republicana (1889-1930). 4. ed. Bragança Paulista: Edusf, 2012.
CURI, Luciano Marcos. “Defender os sãos e consolar os lázaros”: lepra e isolamento no Brasil 1935/1976. 2002. 231f. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal de Uberlândia, 2002.
D. Entrevista. Arquivo de áudio. Ituiutaba (Minas Gerais), 23 jul. 2023.
DELLA PIAZZA, Maria Isabel Moura. A pedagogia da disciplina: saberes sobre o corpo feminino na educação brasileira. Campinas: Autores Associados, 2012.
FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e mudança social. Brasília: Editora UnB, 2008.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 14. ed. Petrópolis: Vozes, 2016.
GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. 7. ed. São Paulo: Perspectiva, 1987.
GUIMARÃES, Deocleciano (org.). Dicionário de termos médicos e de enfermagem. São Paulo: Rideel, 2003.
HORTA, José Silvério Baia. O hino, o sermão e a ordem do dia: a educação no Brasil (1930-1945). Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1994.
LIMA, Zilda Maria. Ações de combate à lepra no Estado Novo: o caso de Fortaleza. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 25., 2009, Fortaleza. Anais [...]. Fortaleza: Associação Nacional de História, 2009.
LONGO, Cristiano. A punição corporal doméstica de crianças e adolescentes: o olhar de autores de livros sobre educação familiar no Brasil (1981-2000). São Paulo: Leditora, 2002.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes, 1997.
MAINGUENEAU, Dominique. Novas tendências em análise do discurso. 3. ed. Campinas: Pontes, 1997.
MARCÍLIO, Maria Luiza. A roda dos expostos e a criança abandonada na história do Brasil: 1726-1950. São Paulo: Cortez, 2016.
MARCÍLIO, Maria Luiza. Breve visão sobre as epidemias na história do Brasil. Revista USP, São Paulo, n. 127, p. 119-28, out./dez. 2020.
MEIHY, José Carlos Sebe Bom. Manual de história oral. São Paulo: Loyola, 2002.
N. Entrevista. Arquivo de áudio. Ituiutaba (Minas Gerais), 23 jul. 2023.
ORLANDI, Eni Pulcinelli. Discurso e texto: formulação e circulação dos sentidos. Campinas: Pontes, 2001.
PAPALIA, Diane; FELDMAN, Ruth. Desenvolvimento Humano. São Paulo: AMGH, 2003.
PARADA, Maurício. Corpo e Poder: a criação do Departamento de Educação Física do Ministério da Educação e Saúde (1937/1945). In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 23., 2005, Londrina. Anais [...]. Londrina: Universidade Estadual de Londrina/Associação Nacional de História, 2005.
PINTO, Célia Regina Jardim. Mulher, família e educação no Brasil. São Paulo: Moderna, 1994.
POLLAK, Michael. História, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3. p. 3-15, 1989.
PORTELLI, Alessandro. A história oral como gênero literário. In: THOMPSON, Paul. Vozes do passado: história oral. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
PRIORE, Mary Del. Histórias íntimas: sexualidade e erotismo na história do Brasil. São Paulo: Planeta, 2011.
SÁ, Elizabeth Figueiredo de; RIBEIRO, Betânia de Oliveira Laterza. Assistir e educar: o Departamento Nacional da Criança e suas ações em Cuiabá-MT (1940-1948). Acta Scientiarum. Education, Maringá, v. 46, n. 1, p. 1-15, jan./dez. 2024.
RIBEIRO, Betânia de Oliveira Laterza; ARAUJO, Brenda Maria Dias; SÁ, Elizabeth Figueiredo. “Acolher, educar e encaminhar na vida”: o preventório Eunice Weaver e a formação escolar profissional de filhas/filhos de pais/mães hansenianos (Araguari, MG, 1952–65). Cadernos de História da Educação, Uberlândia, v. 24, p. 1-19, jan./dez. 2025.
SANTOS, Vicente Saul. Filantropia, poder público e combate à lepra (1920-1945). História, Ciências, Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 18, p. 253-74, dez. 2011.
SCHUMAHER, Schuma; BRASIL, Érico Vital. Dicionário mulheres do Brasil – de 1500 até a atualidade. Rio de Janeiro: Zahar-Brasil, 2000.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 16, n. 2, p. 5-22, jul./dez. 1991.
SCOTT, James. Formas cotidianas de resistência camponesa: uma crítica à teoria da revolução. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 25, n. 49, p. 13-44, 2005.
SILVA, Daniela Teles. Eugenia, saúde e trabalho durante a Era Vargas. Em Tempo de Histórias, Brasília, v. 1, n. 33, p. 190-213, ago./dez. 2019.
SOLAZZI, José Luiz. A ordem do castigo no Brasil. São Paulo: Imaginário, 2007.
THOMPSON, Paul. A voz do passado: história oral. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
VIANA, Luiz Roberto Serralheiro. A educação física na Era Vargas: a concretização da identidade moral e cívica brasileira e a formação da mão de obra. 2009. 122f. Dissertação (mestrado em Educação) – Programa de Pós- Graduação em Educação, Universidade Metodista de São Paulo, 2009.
Z. Entrevista. Arquivo de áudio. Ituiutaba (Minas Gerais), 23 jul. 2023.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Educación en Cuestión

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
A la Revista “Educación en Cuestión” se reservan los derechos de autor pertinentes a todos los artículos publicados en ella.
Los autores y coautores de artículos y reseñas, publicados en la Revista “Educación en Cuestión”, tendrán un plazo de, como mínimo, de 1 (uno) año para que puedan someter nuevos trabajos para publicación.
