Educação em espaço insular: o caso das escolas de fazenda de Marajó, no Pará
Palavras-chave:
Escolas-fazenda. Marajó. Latifúndio.Resumo
Este artigo resulta de uma pesquisa empírica, realizada no interior de Soure, Ilha de Marajó, no extremo norte do estado do Pará, Brasil. Ele descreve a constituição de escolas de fazenda na foz do rio Amazonas. Para tanto, se fundamenta, teoricamente, nos escritos de Raymond Williams. Metodologicamente, utilizou-se, para a coleta dos dados, a técnica da entrevista e da observação. Resultante originalmente do sistema de sesmarias, as fazendas de Marajó foram, ao longo desses cinco séculos, desenvolvendo um latifúndio perpetuado pelo privilégio de herança: são terras de família. Nessas terras, onde não há espaço público, se instituiu, nos anos de 1930, a prática da escolarização que, em meio ao sistema de relações sociais estabelecidas pela instituição fazenda, articulou as gentes do lugar a outros sistemas constituídos pela sociedade brasileira como os centros urbanos, as agências formadoras de professores e instituições públicas de gerenciamento da educação. Mas a escola instituída dentro do latifúndio consolidou-se aprisionada a um sistema social de relações desprovido de liberdade pública de participação.Downloads
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Publicado
15-06-2007
Como Citar
Araújo, S. M. da S. (2007). Educação em espaço insular: o caso das escolas de fazenda de Marajó, no Pará. Revista Educação Em Questão, 28(14). Recuperado de https://periodicos.ufrn.br/educacaoemquestao/article/view/4465
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Artigos
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