O conservadorismo na sociologia de Florestan Fernandes

Authors

DOI:

https://doi.org/10.21680/1982-1662.2023v6n37ID31236

Keywords:

Conservatism, Florestan Fernandes, Social Theory, Socialist Humanism

Abstract

This article analyzes the importance of the concept of conservatism in the social theory of Florestan Fernandes (1920-1955). Being one of the main strands of modern political thought alongside liberalism and socialism, conservatism has been commonly studied through reiterations and reinforcements of its assumptions such as, for example, constitutional attachment, the valuation of inequality as a form of incentive, the ontological perspective based on the idea of ​​body and soul and the appreciation of freedom of property. Florestan, on the contrary, carries out a critique where he emphasizes the question of the human condition, democratic radicalism, human formation and the need for a civilized civil society as pillars of his critical perspective of this political aspect. Thus, in addition to what was proposed, the present study fills a thematic and conceptual gap in the studies developed on the author to date.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Elson dos Santos Gomes Junior, Instituto Federal Fluminense - IFF

Doutorando em Sociologia Política pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF. Bacharel em Ciências Sociais e Mestre em Sociologia Política pela mesma instituição. Professor EBTT - Sociologia - do Instituto Federal Fluminense - IFF.

References

ANDERSON, Perry. Espectro: Da direita à esquerda no mundo das ideias. São Paulo: Boitempo, 2012.

BOBBIO, Norberto. O conceito de sociedade civil. Rio de Janeiro: Graal, 1982.

______. O futuro da democracia. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

BOCK, Kenneth. Teorias do Progresso, Desenvolvimento e Evolução. In: BOTTOMORE, Tom. História da Análise Sociológica. Zahar Editoras: Rio de Janeiro, 1980.

BONAZZI, Tiziano. Conservadorismo. In: BOBBIO, Norberto. Dicionário de política. Brasília: Editora UNB, 1998.

BURKE, Edmund. Reflexões sobre a Revolução na França. Rio de Janeiro: Top´books, 2012.

CANDIDO, Antonio. Florestan Fernandes. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2001.

CARVALHO, José Murilo de. Bernardo Pereira de Vasconcelos. São Paulo: Ed. 34, 1999.

COHN, Gabriel. A margem e o centro. Travessias de Florestan Fernandes. Sinais Sociais, v. 10, n. 28, p. 11-28, 2015.

CORETH, E., Que és el hombre: esquema de una Antropología Filosófica. Barcelona: Herder, 1976.

COUTINHO, João Pereira. As ideias conservadoras explicadas a revolucionários e reacionários. São Paulo: Três Estrelas, 2014.

CURY, Carlos Roberto Jamil. Alceu Amoroso Lima. (Coleção Educadores). 1. ed. Brasília, DF / Recife, PE: MEC, FNDE / Fundação Joaquim Nabuco, Massangana, 2010.

ECHEVARRÍA, José. Funções da Educação no Desenvolvimento. In: ECHEVARRÍA, José. Desenvolvimento, Trabalho e Educação. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1967.

ENGELS, Friedrich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Boitempo, 2010.

FERNANDES, Florestan. A Constituição inacabada: vias históricas e significado político. São Paulo: Estação Liberdade, 1989b.

______. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo: Globo, 2008a.

______. A revolução burguesa no Brasil. 5ª ed. São Paulo: Globo, 2005.

______. A Sociologia no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1980.

______. Apontamentos sobre a “teoria do autoritarismo”. São Paulo: HUCITEC, 1979.

______. Brasil: em compasso de espera – pequenos escritos políticos. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2011.

______. Circuito fechado: quatro ensaios sobre o “poder institucional”. São Paulo: Globo, 2010.

______. Da guerrilha ao socialismo: a revolução cubana. São Paulo: T. A. Queiroz, 1978.

______. Educação e sociedade no Brasil. São Paulo: Dominus, 1966.

______. Florestan Fernandes na Constituinte: leituras para a reforma política. São Paulo: Fundação Perseu Abramo/Expressão Popular, 2014.

______. Fundamentos Empíricos da explicação sociológica. 2ª ed. São Paulo: Editora Nacional, 1972.

______. A Sociologia numa Era de Revolução Social. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976.

______. O desafio educacional. São Paulo: Cortez, 1989a.

______. Sociedade de classes e subdesenvolvimento. São Paulo: Global, 2008b.

______. Universidade Brasileira: reforma ou revolução?. São Paulo: Editora Alfa-Omega, 1975.

FERREIRA, Gabriela Nunes e BOTELHO, André (Orgs.). Revisão do pensamento conservador – Ideias políticas no Brasil. São Paulo: HUCITEC, 2010.

GAHYVA, Helga. Notas sobre o conservadorismo: elementos para a definição de um conceito. Política & Sociedade. v.16, n.35, p.299-320, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.5007/2175-7984.2017v16n35p299

HABERMAS, Jürgen. A nova obscuridade. São Paulo: Editora Unesp, 2015.

HIRSCHMAN, Albert. O. A retórica da intransigência – perversidade, futilidade, ameaça. São Paulo: Companhia das letras, 2019.

HONDERICH, Ted. El conservadurismo: un analisis de la tradición anglosajona. Barcelona: Península, 1993.

IANNI, Octavio. Florestan Fernandes e a formação da Sociologia brasileira. In: IANNI, Octavio (org.). Florestan Fernandes: sociologia crítica e militante. São Paulo: Expressão Popular, 2011.

KINZO, Maria D’alva Gil. Burke: a continuidade contra a ruptura. In WEFFORT, Francisco C. (Org.). Os clássicos da política 2. São Pauto: Editora Ática, 2001.

KIRK, Russel. A mentalidade conservadora: de Edmund Burke a T. S. Eliot. São Paulo: É Realizações Editora, 2021a.

KIRK, Russel. Breve manual de conservadorismo. São Paulo: Trinitas, 2021b.

LESSA, Renato. Porque Rir da Filosofia Política?, ou a ciência política como téchne. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 13, n.36, p. 141-168, 1998. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-69091998000100013

LIMA VAZ, H.C. Antropologia Filosófica I. São Paulo: Edições Loyola, 1991.

LYNCH, Christian Edward Cyril. O caleidoscópio conservador: a presença de Edmund Burke no Brasil. In. KIRK, Russel. Edmund Burke – redescobrindo um gênio. São Paulo: É Realizações Editora, 2016.

LYNCH, Christian Edward Cyril. Por que pensamento e não teoria?: a imaginação político-social brasileira e o fantasma da condição periférica (1880-1970). Dados (Rio de Janeiro. Impresso), v. 56, p. 727-767, 2013.

Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0011-52582013000400001

MAIA, J. M. E. Ao sul da teoria: a atualidade teórica do pensamento social brasileiro. Sociedade e Estado, v. 26, n.2, p. 71-94, 2011.

Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-69922011000200005

MÉSZÁROS, István. A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2008.

MONDIN, J.B. O homem; quem é ele? Elementos de Antropologia Filosófica. São Paulo: Edições Paulinas, 1980.

MOREIRA, Ivone. A filosofia política de Edmund Burke. São Paulo: É Realizações Editora, 2019.

MOREIRA, Marcelo Sevaybricker. O debate teórico-metodológico na Ciência Política e o Pensamento Social e Político Brasileiro. TEORIA & PESQUISA: Revista de Ciência Política, v. 21, pp. 73-89, 2012.

Disponível em: https://doi.editoracubo.com.br/10.4322/tp.2012.006

NUNES, E. Gramática Política do Brasil: Clientelismo e Insulamento Burocrático. Zahar. Rio de Janeiro, 2004.

OAKESHOTT, Michael. A voz da educação liberal. Belo Horizonte: Editora yné, 2021.

______. Educação Política. In: KING, Preston. O estado da Política. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1980.

RIBEIRO, M. A. F.; MARTINS, M. L.; TORRES JUNIOR, R. D.. Para além do atraso e singularidade: a atualidade do pensamento social e político brasileiro. Terceiro Milênio – Revista Crítica de Sociologia e Política, v. 18, p. 7-28, 2022. Disponível em: https://revistaterceiromilenio.uenf.br/index.php/rtm/article/view/222/209

ROCHA, Antonio Penalves. José da Silva Lisboa, Visconde do Cairu. São Paulo: Ed. 34, 2001.

ROCHA, Marta Mendes da; SILVA, Rachel Gonçalves da. A agenda da reforma política no Brasil: autores, objetivos, êxitos e fracassos (1988-2010). Revista Brasileira de Ciência Política, nº 16, pp. 213-246, 2015.

Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-335220151609

SCHELER, Max. A situação do homem no cosmo. Lisboa: Texto e Grafia, 2008.

SCRUTON, Roger. Tolos, fraudes e militantes: pensadores da nova esquerda. 9ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 2021.

SILVA, Lucas Trindade da. Revista Brasileira de Sociologia, vol.8, n.9, p.254-291,2020. Disponível em: http://dx.doi.org/10.20336/rbs.542

______. Um Florestan para além da “tese da singularidade brasileira”. Terceiro Milênio: Revista Crítica de Sociologia e Política, vol.18, n.1, p.81-111, 2022a.

______. Diferenciação e Integração Sistêmicas em Florestan Fernandes. Revista Sociologia e Antropologia, vol.12, n.2, p.1-28, 2022.

SOARES, Eliane Veras. Florestan Fernandes: o militante solitário. São Paulo: Cortez, 1997.

SOUZA, Jessé. A construção social da subcidadania: para uma sociologia política da modernidade periférica. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012.

TAVOLARO, SERGIO BARREIRA DE FARIA. Retratos não-modelares da modernidade: hegemonia e contra-hegemonia no pensamento brasileiro. Civitas (Porto Alegre), v. 17, p. 115-141, 2017. Disponível em: http://dx.doi.org/10.15448/1984-7289.2017.3.26580

TOCQUEVILLE, A. A democracia na América. 2ª Ed. Belo Horizonte: Editora Itatiaia,1998.

WALLERSTEIN, Immanuel. Capitalismo histórico e civilização capitalista. Rio de Janeiro: Contraponto, 2001.

Published

25-05-2023

How to Cite

DOS SANTOS GOMES JUNIOR, E. O conservadorismo na sociologia de Florestan Fernandes. Revista Inter-Legere, [S. l.], v. 6, n. 37, p. c31236, 2023. DOI: 10.21680/1982-1662.2023v6n37ID31236. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/31236. Acesso em: 24 jul. 2024.