UMA VILA ENTRE BAUMAN E SLOTERDIJK
Abstract
O objetivo do trabalho é tentar fazer o diálogo entre reflexões de dois autores.
Peter Sloterdijk (2004; 2008) e Zygmunt Bauman (2000; 2001; 2007). Sobre o
primeiro, tentaremos percorrer os caminhos de sua esferologia com ênfase
específica em uma de suas fases: a construção das cidades-impérios, morada
de Deus, reis e imperadores, cercadas por grossos muros de proteção e
ornadas por imponentes torres de vigilância, promotoras, na verdade, de uma
estética-força, procurando, em todo caso, diluir a insegurança humana frente a
um exterior ameaçador. No caso de Bauman, trataremos do seu conceito de
“comunidades fechadas”. A recriação das comunidades atuais figuram no que o
autor chama de comunitarismo, ou seja, uma espécie comunidade pervertida,
de moldes fascistas, prontas a expulsar ou exterminar quem nela não se
enquadra. Veremos como essas idéias podem se cruzar ao aplicá-las no filme
A Vila (2004).