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Directrices para autores/as

OBS: Recomendamos a LEITURA INTEGRAL das normas aqui apresentadas antes de submeter seu manuscrito

Ineditismo -  A RIL (Revista Inter-Legere) recebe manuscritos de artigos que apresentam temas e abordagens originais e inéditas. Não serão aceitos artigos já publicados em outros periódicos de língua portuguesa.

Titulação mínima - É necessário ter o título de mestre. Em caso de mestrando somente em co-autoria com um (a) doutor(a), exceto nos casos de resenha, entrevista e tradução.

Artigos - Todos os trabalhos (Dossiês e Artigos em fluxo contínuo), independentemente da seção postulada, devem ter entre 15 e 25 laudas, incluíndo referências, notas e tabelas. Também ser apresentados digitados no programa Word,  fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento de linha 1,5 e espaçamento de parágrafo 0, incluindo referências, notas e imagens e vir em tamanho papel A4. Os títulos e subtítulo (caixa baixa) devem vir acompanhados de resumo em português (de 100 a 250 palavras) e uma versão em inglês (Abstract), mais quatro palavras-chave (keywords) separadas entre si por ponto. O nome do/a autor/a não deverá aparecer no corpo do trabalho, para garantir o anonimato no processo de avaliação às cegas. Ver também ABNT (NBR 6022, NBR 6023, NBR 6024 e NBR 10520).   

Resenhas  - As resenhas devem ter de 5 a 10 laudas, programa Word,  fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento espaçamento de linha 1,5 e espaçamento de parágrafo 0, incluindo referências, notas e imagens e vir em papel A4. Só serão aceitas resenhas de livros da área de Ciências Humanas publicados no Brasil e exterior, no máximo, há três anos. Obs.: Nos casos de submissão de resenhas, não é necessária a exigência de co-autoria com autor(a) doutor(a).

Traduções (textos clássicos ou contemporâneos) – Será exigido ao tradutor que o mesmo disponha de documento de autorização da tradução e publicação pelo detentor dos direitos autorais sobre a obra traduzida apenas nas situações em que o texto não se encontra em domínio público (as traduções devem ser inéditas na língua portuguesa)

Ilustrações - Devem ser inseridas no corpo do texto, em arquivo separado, com indicações claras ao longo do texto, dos locais em que devem ser incluídos. São elas: tabelas, quadros e figuras (gráficos, mapas, fotografias, organogramas, etc.).

Recomendações mínimas sobre a estrutura do artigo (corpo do texto)

Introdução – apresentação do assunto, questão-problema ou pergunta de partida, objetivo, referenciais teóricos empregados, metodologia, ideia central ou tese a ser defendida ao longo do artigo

Desenvolvimento – exposição, explicação e demonstração do material pesquisado; avaliação dos resultados e comparação com estudos anteriores

Conclusão – Desdobramentos mais gerais dos resultados do estudo realizado; proposições de novos estudos

Bibliografia – literatura científica consultada para o desenvolvimento do estudo apresentado no artigo.

Recomendações sobre a estrutura da resenha

1 Referência Bibliográfica – Autor(es), Título, Imprensa (local de edição, editora, data)

2 Credenciais do(a) Autor(a) – informações gerais sobre a autoria (quem fez o estudo? Quando? Por quê? Onde?)

3 Conhecimento – Resumo detalhado das ideias principais (descrição sintetizada dos conteúdo dos capítulos da obra), quadro de referência teórica da autoria,  metodologia empregada, principais conclusões apresentadas na obra

4 Apreciação da obra – julgamento da obra (como se situa o(a) autor(a) em relação a outras produções e correntes científicas) mérito da obra (qual é a contribuição dada? Conhecimentos novos?); possíveis limitações e controvérsias

5 Indicações da Obra – A quem é dirigida

 

Informações adicionais

* Não será cobrada qualquer taxa ou encargo para a submissão de manuscritos nesta revista. 

** Recomendamos que os(as) autores(as) providenciem o cadastramento do ORCID para publicação no artigo, resenha ou entrevista na Inter-Legere. Caso não possua ainda o ORCID, acesse o seguinte link para cadastramento. Na etapa "6" do fluxo editorial (ver https://periodicos.ufrn.br/interlegere/11), autores que tiverem seus manuscritos aprovados para publicação, deverão informar seus emails e ORCIDs para registro em versão final do artigo publicado.

*** Os manuscritos (artigos, resenha, tradução) devem ser submetidos sem a informação acerca da autoria no corpo do texto. 

**** Quando se tratar de pesquisa com financiamento de alguma organização de fomento, o(a) autor(a) deve informar a natureza e crédito do apoio em nota de rodapé vinculada ao título.

***** A apresentação e as referências devem obedecer às normas atualizadas da Associação Brasileira de Normas Técnicas para trabalhos acadêmicos (ABNT 2018), sendo a exatidão das informações veiculadas de responsabilidade dos autores, observando o tipo de trabalho que se trata (de artigos científicos, resenha ou outro).

****** Os/as autores(as) que já publicaram em edições anteriores da Revista Inter-Legere só podem publicar novamente na mesma revista após o intervalo de tempo de 3 edições seguidas. 

O MOVIMENTO INDÍGENA NO BRASIL E A ASCENSÃO DE AUTORAS/ES INDÍGENAS NOS ÚLTIMOS QUARENTA ANOS

Durante décadas os povos indígenas no Brasil foram tratados pelo indigenismo oficial de Estado como seres incapazes e, por conseguinte, passíveis da tutela. Antônio Carlos de Sousa Lima (1995) sugere que esse tratamento se configura como um “grande cerco de paz”. As vozes indígenas nesse contexto tinham pouca ou nenhuma importância no cenário da política nacional, inclusive na tomada de decisões com relação a eles próprios. Os últimos quarenta anos têm apresentado dinâmicas complexas que, de certa maneira, modificaram significativamente esse cenário. Não podemos afirmar que houve uma virada no jogo de poder, e embora haja o constante cerceamento das liberdades, a tentativa de reclusão aos territórios e a negação de suas identidades, os povos originários continuam lutando para ser protagonistas de suas próprias histórias. Isso ocorre em diversos campos que vão da política nacional, passando pelas artes, literatura, ou ainda na condução de ações políticas que dizem respeito à defesa de suas vidas e de seus territórios. Alcida Rita Ramos (RAMOS, 2014, p. 27) pondera que a antropologia seria sábia se seduzisse a intelectualidade indígena a engrossar suas fileiras, de modo a empreender um programa de revitalização, injetando teorias, problemáticas, abordagens e sensibilidades novas numa disciplina que já se vê a caminho da decrepitude. Entendemos que ao descartar essa riqueza, a ciência brasileira se empobrece.

A crescente produção intelectual indígena no Brasil possui uma imbricada relação com a atuação do movimento indígena. Felipe Cruz (CRUZ, 2017, p. 95), entretanto, pondera que esta produção ainda é pouco conhecida e até invisibilizada do grande público. Destaca-se, todavia, que para formar um corpo intelectual os povos indígenas tiveram que forjar trincheiras lutando contra todas as possibilidades, financeiras, linguísticas, logísticas, contra o racismo, o preconceito e outros tantos desafios. Neste sentido, o presente dossiê pretende trazer à luz as contribuições que reflitam sobre o papel dos intelectuais indígenas para a antropologia brasileira e para o enriquecimento intelectual e histórico do Brasil de maneira geral. Assim, pretende-se recepcionar contribuições que reflitam acerca dos/as autores/as indígenas com intuito de compreender a atuação engajada dos mesmos no âmbito do movimento indígena, mas, também perceber o movimento como um espaço privilegiado do exercício da intelectualidade e ainda como uma fonte geradora de saberes de implicações múltiplas.

ARTIGOS

Política padrão de seção

DOSSIÊ REDES, TERRITÓRIOS, CIDADES

Há alguns anos, um renomado cientista social publicou um livro intitulado “Cidades: a
urbanização da humanidade”, indicando que, com a revolução industrial, o fenômeno
urbano agora significa não uma formação espacial diversa, a cidade e seu hinterland,
estruturando-se consoante os múltiplos arranjos territoriais isolados. O urbano desta
vez se organiza em campos reticulares complexos e articulados, espalhando-se por
espaços que ultrapassam as fronteiras político-administrativas dos Estados nacionais. As
redes territoriais que estruturam as cidades sobrepõem-se aos arranjos tradicionais das
cidades, entrincheiradas em suas peculiaridades espaço-temporais.
As dinâmicas entre redes territórios e cidades guarda, por um lado, uma série de divisões
(da produção, do trabalho, da distribuição, do consumo, entre outras), que conferem
sentido ao modo como a rede urbana é hierarquizada segundo os papéis das cidades.
Por outro lado, expressa inúmeras formas de interações socioespaciais, articuladas por
diferentes tipos de redes sociais, técnicas e urbanas, que permite identificar graus de
heterarquia nas redes urbanas contemporâneas, relativizando a estrutura hierárquica
anterior. Nesse sentido, é a lógica das redes que potencializa as novas formas de
interações urbanas.
O urbano, agora, é um fenômeno que se estrutura principalmente a partir das
complexas redes de sociabilidades estabelecidas no viver cotidiano; a guinada territorial
se apresenta às ciências sociais acopladas à revolução das redes: deve-se compreender
o social primeiramente pelas trajetórias de sociabilidades de seus atores.
Este dossiê pretende trazer contribuições diversas, teóricas ou empíricas, desta agenda
de pesquisa, as redes, os territórios e as cidades. Pretende-se com as contribuições
recebidas, trazer ao debate esta importante temática das ciências sociais
contemporâneas.

DOSSIÊ POLÍTICAS PÚBLICAS, DESENVOLVIMENTO E O PAPEL DO ESTADO NO ATUAL CONTEXTO BRASILEIRO

A discussão sobre desenvolvimento passa a ter importância, do ponto de vista
político e social, após a segunda guerra mundial. Assim, a abordagem teórica do
desenvolvimento é dividida no período de 1945 a 1975, e no período pós anos 70,
de acordo com Niederle e Radomsky (2016), abrangendo a concepção que o aborda
apenas pelo aspecto econômico, considerando-o como sinônimo de crescimento; as
que o descrevem como um processo de mudança qualitativa na sociedade, a partir
de uma análise mais ampla, buscando demonstrar e analisar transformações nas
condições sociais, econômicas, ambientais e culturais; e a abordagem pautada na
expansão das capacidades, segundo a qual, o desenvolvimento é a expansão das
liberdades individuais, por meio do combate as privações sociais, econômicas e
políticas. De acordo com Sen (2010), a introdução da ideia de liberdade no processo
de desenvolvimento é fundamental por duas razões: a primeira é a avaliatória, isto é,
deve-se avaliar o progresso, tendo como parâmetro o aumento das liberdades das
pessoas; a segunda é que o desenvolvimento está sujeito à condição de agente das
pessoas.
Não existe uma compreensão universal do conceito de desenvolvimento,
porém,corroborando com alguns autores, acreditamos que o único desenvolvimento
possível de ocorrer de fato, é o desenvolvimento das pessoas, ou seja, o
desenvolvimento humano.
O dossiê se propõe a receber artigos que objetivem refletir sobre as políticas
públicas enquanto promotoras do desenvolvimento, através de um processo de
mudança qualitativa na sociedade, e não entendendo-o apenas pelo seu viés
econômico e centrado em indicadores quantitativos. Nesse contexto, salienta-se a
importância do Estado na promoção do desenvolvimento em todas as suas
dimensões, especialmente o desenvolvimento das condições de vida das pessoas e
de suas capacidades de serem agentes, isto é, promotor do desenvolvimento
humano. Dessa forma, o dossiê reunirá contribuições que realizem análises amplas
e focalizadas nas transformações das condições sociais, econômicas, ambientais e
culturais que políticas públicas são capazes de promover, dentro de diferentes
escopos de estudos, metodologias e suportes teóricos, com foco na reflexão, análise
e avaliação do papel do estado brasileiro na criação e implementação de políticas
públicas e como promotor dos objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS).

DOSSIÊ ELEIÇÕES E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA: O DEBATE CONTEMPORÂNEO

A realização periódica de eleições para o preenchimento de cargos eletivos e a consequente representação política de grupos sociais daí advinda formam, juntas, importante agenda dentro dos estudos sobre a política. Nos últimos anos, a entrada em cena, nesta arena, de diversos grupos sociais (religiosos, militares, LGBTQ+, indígenas, cotistas etc) tem diversificado tanto a gramática eleitoral-política como a composição de Parlamentos, partidos e governos. Nesse sentido, o dossiê “Eleições e Representação política: o debate contemporâneo” tem por objetivo proporcionar uma diversa reflexões sobre dois fenômenos que, na contemporaneidade, são tocados pelas diversas transformações sociais: as eleições periódicas e a representação política. Para tanto, artigos que versem sobre a discussão teórico-metodológica de estudos
eleitorais (envolvendo o discurso político), teorias sobre a representação política, grupos de interesse, opinião pública em tempos de eleições, novas mídias, representação política de diversos setores, a “Nova Direita” e seus modos de representação, dentre outros temas que toquem diretamente tais questões serão aceitos para publicação.

DOSSIÊ INTERDISCIPLINARIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS

Enquanto campo de estudo das ciências sociais e objeto de planejamento da ação pública e
governamental, as políticas públicas têm uma relevância crucial para o contexto brasileiro, no que se
refere ao atendimento das demandas sociais, bem como, na busca de reduzir as desigualdades sociais
seculares e persistentes no país através da criação de programas de desenvolvimento.
Assim, em um contexto de extrema desigualdade, crise política, econômica, educacional e de um
quase colapso na saúde pública este dossiê se propõe a pensar e discutir as políticas públicas em uma
perspectiva interdisciplinar, pois enquanto campo de estudo das ciências sociais e humanas, permeia
várias áreas de conhecimentos, abarca saberes diversos e permitem uma aproximação e compreensão da
realidade social.
Desse modo, os trabalhos devem estar em consonância com as discussões propostas pelo campo
de debate das políticas públicas, sejam em torno das políticas de desenvolvimento, sociais, saúde,
educacionais, econômicas, entre outras que, no atual contexto brasileiro, venham sendo temáticas de
discussões, conflitos, incertezas, disputas, e que rebatem decisivamente na população como um todo,
sendo esses os que mais sofrem e recebem o maior impacto das ações ou não ações do governo.

DOSSIÊ CRÍTICA DA RAZÃO CIENTÍFICA: SOCIOLOGIAS DO (DES)CONHECIMENTO

O Dossiê “Crítica da Razão Científica: Sociologias do (Des)conhecimento” coloca-se como um convite à ampla reflexão acerca das mudanças, ambivalências e disputas entre ciência e crítica em tempos de pós-verdade e de novos negacionismos, assim como das suas implicações sociais, políticas, éticas e culturais. Serão avaliados textos com heterogêneos fins: reconstrução da crítica à ciência em diversas tradições do pensamento e teoria sociais; abordagens teórico-conceituais e empíricas sobre conhecimento, crítica, pós-verdade, autoverdade e ignorância; revisões reflexivas sobre o lugar da crítica racional à ciência no tempo presente; as relações entre ciência, crítica e ideologia para o diagnóstico da atualidade; pesquisas sociológicas e etnografias sobre políticas do conhecimento, guerras culturais e movimentos anti-intelectuais e seus regimes de verdade.

DOSSIÊ A PANDEMIA DE COVID-19 NA VIDA DE MULHERES

A pandemia da Covid-19, causada pelo Novo Coronavírus ou SARS-CoV-2 desenha um cenário inesperado não só no campo epidêmico-biológico, mas no que concerne aos diagnósticos sociais nos coloca o desafio de compreender seus desdobramentos, considerando impactos não só econômicos, mas também culturais, históricos e políticos sobre os diversos grupos, entre eles, as mulheres.  Evidente que muitos de nossos hábitos, formas de convivência, padrões culturais, bem como valores morais são afetados pela experiência pandêmica em curso no mundo.

Nesse sentido, o objetivo deste Dossiê é reunir reflexões acerca do impacto da pandemia de Covid-19 sobre a vida das mulheres. Desejamos reunir análises teóricas, etnográficas e auto-etnográficas a fim de retratar questões específicas que abarcam as vidas das mulheres diante de uma crise repentina que assola os serviços de saúde, o sistema educacional, a saúde física e mental, a economia com seus modos de produção e consumo, a convivência familiar, as relações e condições de trabalho, as relações afetivas, a divisão sexual do trabalho, a liberdade, o deslocamento e, em especial, os modos de vida.

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