EXPECTATIVA E PRÁTICA MATERNA DO ALEITAMENTO EXCLUSIVO E A SAÚDE BUCAL DO BEBÊ

Autores

  • Suzely Adas Saliba Moimaz Faculdade de Odontologia, UNESP Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brasil.
  • Gleice Tibauje Vicente Ramirez Faculdade de Odontologia, UNESP Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brasil.
  • Tânia Adas Saliba Faculdade de Odontologia, UNESP Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brasil.
  • Orlando Saliba Faculdade de Odontologia, UNESP Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brasil.
  • Cléa Adas Saliba Garbin Faculdade de Odontologia, UNESP Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-7286.2017v3n2ID12562

Palavras-chave:

Aleitamento Materno, Prática, Saúde Bucal.

Resumo

Introdução: O aleitamento materno exclusivo (AME) é fundamental para a saúde do bebê, entretanto o sucesso da sua prática nem sempre é alcançado, pois depende de diferentes determinantes. Objetivos: Verificar a expectativa das gestantes em relação ao AME e percepção sobre a importância do aleitamento e a sua relação com a saúde bucal do filho e posteriormente acompanhar a prática durante os seis primeiros meses de vida do bebê para realização de inquérito e exame bucal da mãe e do filho. Métodos: Foi realizado um estudo longitudinal com 74 pares de mães e bebês (n=148). No último trimestre de gestação, nas Unidades de Saúde da Família, as mulheres foram entrevistadas e visitadas nos domicílios, aos seis meses de idade do bebê. Resultados: Verificou-se que 95,95% das entrevistadas pretendiam amamentar seu filho; 74% queriam AME até o sexto mês de idade do bebê, entretanto, após seis meses, 63,51% das mães estavam amamentando e apenas 18% estavam em AME; 31,05% das mães tiveram dificuldades para amamentar. Com relação à saúde bucal 98,65% das gestantes pretendiam limpar a boca do bebê e levá-lo ao cirurgião-dentista; 36,49% levariam chupeta ao hospital e 29,73% achavam que amamentar não era importante para a saúde bucal do bebê. Após seis meses do nascimento do bebê; 63,51% limpavam a boca do bebê; 91,89% ainda não haviam levado seus bebês ao cirurgião-dentista e 25,68% levaram chupeta ao hospital. Em relação a saúde bucal, 32,72% das mães possuíam mancha branca. Do total de 74 bebês, 16 possuíam dentes aos seis meses de idade, três apresentavam manchas brancas e não estavam em AME. Conclusão:A expectativa de AME não se configurou totalmente na prática. A taxa de AME aos seis meses foi baixa, portanto a identificação das barreiras é importante para o estabelecimento de estratégias de promoção de saúde para superá-las.

 

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Publicado

11-12-2017

Como Citar

MOIMAZ, S. A. S.; RAMIREZ, G. T. V.; SALIBA, T. A.; SALIBA, O.; GARBIN, C. A. S. EXPECTATIVA E PRÁTICA MATERNA DO ALEITAMENTO EXCLUSIVO E A SAÚDE BUCAL DO BEBÊ. Revista Ciência Plural, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 30–41, 2017. DOI: 10.21680/2446-7286.2017v3n2ID12562. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/rcp/article/view/12562. Acesso em: 8 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos