ANÁLISE DAS LER/DORT NOTIFICADAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE DE 2010 A 2014

Autores

  • João Luiz de Alencar Pandolphi UFRN/Mestrando
  • Iris do Céu Clara Costa UFRN/Professora Associada

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-7286.2016v2n3ID11751

Palavras-chave:

Saúde do trabalhador. Transtornos Traumáticos Cumulativos. Doenças Profissionais. Sistemas de Informação em Saúde

Resumo

Objetivo: Analisar as LER/DORT notificadas no estado do Rio Grande do Norte, Brasil, de 2010 a 2014 em relação ao perfil da população, aspectos epidemiológicos e características desses agravos. Método: estudo descritivo, com dados obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), pela Secretaria Estadual de Saúde. Resultados: no período analisado foram notificados 403 casos de LER/DORT, 72% (290) distribuídos no município de Natal. Quanto ao perfil, 88,59% (357) possuem idade entre 25 e 54 anos, 62,78% (253) eram mulheres, e 31,51% (127) tinham ensino médio completo. A ocupação mais acometida foi a de costureira com 24,97% (97). Os diagnósticos de maior ocorrência foram as sinovites e tenossinovites (CID M 65), com 30,02% (121).  Conclusão: o SINAN representa uma potencial base de dados para caracterizar o perfil das LER/DORT. Além disso, este estudo reflete a necessidade de implementação de estratégias de proteção aos trabalhadores por parte das empresas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

João Luiz de Alencar Pandolphi, UFRN/Mestrando

Mestrando/Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva da UFRN

Iris do Céu Clara Costa, UFRN/Professora Associada

Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva/UFRN

Referências

Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Dor relacionada ao trabalho: lesões por esforços repetitivos (LER): distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

Ministério da Saúde (BR). Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Vigilância em saúde do trabalhador. Vigilância em saúde: parte 1. ed. Brasília: CONASS, 2011. cap. 7, p. 232-60. (Coleção para entender a gestão do SUS 2011, v.5-I)

Moser A, Kerhig R. O conceito de saúde e seus desdobramentos nas várias formas de atenção à saúde do trabalhador. Fisioter. Mov. 2006;19(4):89-97.

Scherer V. SINAN NET: Um sistema de informação à vigilância na saúde do trabalhador. Cogitare Enferm. 2007;12(3):330-7.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n° 777 de 28 de abril de 2004. Dispõe sobre os procedimentos técnicos para a notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador em rede de serviços sentinela específica, no Sistema Único de Saúde – SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

Galdino A, Santana VS, Ferrite S. Os centros de referência em Saúde do Trabalhador e a notificação de acidentes de trabalho no Brasil. Cad. Saúde Pública. 2012; 28(1):145-159.

AlvaresJK. Avaliação da completitude das notificações compulsórias relacionadas ao trabalho registradas por município polo industrial no Brasil, 2007 – 2011. Rev. Bras. Epidemiol. 2015; 18(1):123-36.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.728, de 11 de novembro de 2009. Dispõe sobre a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) e dá outras providências. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Rio Grande do Norte: Tenente Laurentino Cruz. Censo demográfico 2010. Disponível em: http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=241415&search=rio-grande-do-norte|tenente-laurentino-cruz|infograficos:-informacoes-completas

Cavalcante CAA. Perfil dos agravos relacionados ao trabalho notificados no Rio Grande do Norte, 2007 a 2009. Epidemiol. Serv. Saúde. 2014; 23(4):741-752.

Facchini LA. Sistema de informação em saúde do trabalhador: desafios e perspectivas para o SUS. Ciênc. Saúde Coletiva. 2005; 10(4):857-867.

Haeffner R. O perfil dos trabalhadores do Brasil com distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. [Dissertação] Curitiba (PR): Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2014.

Meziat Filho N; Silva GA. Invalidez por dor nas costas entre segurados da Previdência Social do Brasil. Rev. Saúde Pública. 2011; 45(3):494 – 502.

Meucci R.Increase of chronic low back pain prevalence in a medium-sized city of southern Brazil. BMC Musculoskelet. Disord. 2013;155(14):1-11.

Coggon D. International variation in absence from work attributed to musculoskeletal illness: findings from the CUPID study. Occup. Environ. Med. 2013; 70:575–584.

Maciel ACC; Fernandes MB; Medeiros LS. Prevalência e fatores associados à sintomatologia dolorosa entre profissionais da indústria têxtil. Rev. Bras. Epidemiol., 2006; 9(1):94 -102.

Magnago TSBS. Condições de trabalho, características sócio demográficas e distúrbios musculoesqueléticos em trabalhadores de enfermagem. Acta Paul. Enferm., 2010. 23(2):187 – 193.

Hagberg M. Prevention of musculoskeletal disorders in workers: classification and health surveillance – statements of the Scientific Committee on Musculoskeletal Disorders of the International Commission on Occupational Health. BMC Musculoskelet. Disorder. 2013 109(13):1-6.

Rodrigues CS. Absenteísmo-doença segundo autorrelato de servidores públicos municipais em Belo Horizonte. R. Bras. Estud. Popul., 2013 30:135-154.

Bernstorff VH, Rosso SD. O absenteísmo ao trabalho como forma de resistência individual à intensificação do trabalho, à insatisfação profissional e ao estresse ocupacional. In: 32, ENCONTRO DA ANPAD, 2008, Rio de Janeiro. Anais. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/admin/pdf/EOR-B2756.pdf> Acesso em: 16 fev.2015.

Downloads

Publicado

14-04-2017

Como Citar

PANDOLPHI, J. L. de A.; COSTA, I. do C. C. ANÁLISE DAS LER/DORT NOTIFICADAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE DE 2010 A 2014. Revista Ciência Plural, [S. l.], v. 2, n. 3, p. 82–96, 2017. DOI: 10.21680/2446-7286.2016v2n3ID11751. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/rcp/article/view/11751. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos