O ABSURDO E O RECONHECIMENTO DO OUTRO. UMA REFLEXÃO SOBRE AS TESES SOBRE VIOLÊNCIA DE RICARDO TIMM E O CONCEITO DE ABSURDO EM CAMUS
Resumo
A negação do ‘Brasil real’ é o mote principal para o desenvolvimento desse ensaio. Ao refletirmos sobre algumas teses defendidas nos rincões do nosso país percebe-se não só uma cruel e violenta ignorância, como também a manifestação de uma crueldade douta, uma violência transvestida de academicismo e sapiência. Essas duas espécies de manifestações de violência ocorrem pela ausência de percepção do que venha a ser o ‘Outro’ e pela necessidade de negação da alteridade com o objetivo de justificação de tais atos de violência. A tolerância é ilusória e se dá pelo simples fato de se ter que conviver, porque ‘assim é o certo’, ou por simples imposição formal de tal ato. A proposta desse pequeno ensaio é vos convidar para uma reflexão sobre alguns problemas que se apresentam em nossa sociedade, e que, muitas vezes, por serem cotidianos, nos parece como naturais e comuns. Para tal empresa nos valeremos não somente das teses sobre violência presentes no texto do Professor da PUCRS, Ricardo Timm, “Violência e Alteridade no contexto contemporâneo: algumas considerações filosóficas”, assim como do livro de Albert Camus, “L'homme Révolté”. Nesta obra exporemos o conceito de ‘Absurdo’ com o objetivo de mostrar o aparecimento do movimento de passagem de um ‘eu' solitário para um ‘eu’ solidário, que nos poderá trazer pistas para entendermos o motivo pelo qual o indivíduo simplesmente nega o outro em uma tolerância que se aproxima a um Brasil oficial e se afasta de vez do Brasil real.
Palavras Chaves: Violência, Alteridade, Camus, Ricardo Timm, Brasil.
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