UM DIÁLOGO COM WALTER BENJAMIM E HANS JONAS: INTERFACES ENTRE CULTURA, BARBÁRIE, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

Autores

  • Edemir Jose Pulita Programa de Pós-Graduação em Educação - Universidade de Brasília
  • Horácio Luján Martinez Pontifícia Universidade Católica do Paraná ­ Curitiba
  • Joel Cezar Bonin Pontifícia Universidade Católica do Paraná ­ Curitiba

Resumo

O presente artigo parte do pressuposto de que a cultura é produto da sociedade e, ao mesmo tempo, a reconfigura dialeticamente. Nesse sentido, buscamos problematizar o desenvolvimento científico e tecnológico em face de suas causas e consequências. Ao convidarmos para tal diálogo Walter Benjamin e Hans Jonas, filósofos alemães, judeus e vítimas da perseguição totalitária, buscamos explorar aspectos da cultura e da barbárie produzidas em nome do progresso científico e tecnológico. Benjamim e Jonas se propuseram a pensar esse ambiente de hostilidade em uma época na qual eles não eram nem mesmo considerados seres humanos. Neste ínterim, partimos da pergunta lançada por Benjamin (2013, p. 86) “Na verdade, de que nos serve toda a cultura se não houver uma experiência que nos ligue a ela?”, buscando expandi-la para compreensão do papel das tecnologias em geral, e da cibercultura em particular, para a sociedade. Partindo dessa problematização esta reflexão busca questionar o cenário formativo e educacional contemporâneo, buscando elementos para análise das mudanças e transformações em curso. Frente a isso, concluímos que os conceitos de experiência (Benjamin) e responsabilidade (Jonas) são imprescindíveis para a compreensão das reconfigurações necessárias na educação da era digital.

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Biografia do Autor

Edemir Jose Pulita, Programa de Pós-Graduação em Educação - Universidade de Brasília

Graduado em Filosofia (UNIOESTE) e Psicologia (UEL), Mestre em Engenharia de Mídias para Educação (CONSÓRCIO EUROMIME - França, Portugal e Espanha; revalidado pela Faculdade de Educação da UnB) e Doutor na linha de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Brasília.

Horácio Luján Martinez, Pontifícia Universidade Católica do Paraná ­ Curitiba

Doutor e Mestre em Filosofia pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), graduado em filosofia pela Universidad Nacional Del Rosario/Argentina. É professor da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná ­ Curitiba), orientando alunos de Mestrado e Doutorado do curso de Filosofia. É membro do GT Wittgenstein e GT de Pensamento Contemporâneo.

Joel Cezar Bonin, Pontifícia Universidade Católica do Paraná ­ Curitiba

Possui graduação em Filosofia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (1997), mestrado em Filosofia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2008) e é doutorando em Filosofia pelo PPGF­PUC (PR). Atualmente é professor nas Faculdades SENAC (Caçador­SC) e professor de Filosofia e Sociologia da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP) nos sistemas de educação à distância e presencial. Membro do grupo de pesquisa sobre Educação em EAD (Educação, Valores e Desenvolvimento) da UNIARP. Avaliador da Revista Professare também da
UNIARP e da Revista "Ciências Sociais em Perspectiva" da UNIOESTE­PR.

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Publicado

25-09-2017

Como Citar

PULITA, E. J.; MARTINEZ, H. L.; BONIN, J. C. UM DIÁLOGO COM WALTER BENJAMIM E HANS JONAS: INTERFACES ENTRE CULTURA, BARBÁRIE, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO. Saberes: Revista interdisciplinar de Filosofia e Educação, [S. l.], n. 16, 2017. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/saberes/article/view/11925. Acesso em: 26 dez. 2024.