A ÓTICA DOCENTE SOBRE DEFICIÊNCIA VISUAL

REFLEXÕES ACERCA DE PRÁTICAS QUE LEVEM À EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/1984-3879.2025v25n01ID37726

Palavras-chave:

Educação especial, Formação de professores, Práticas pedagógicas, Cegueira, Baixa visão

Resumo

É instituído por lei o direito da inclusão de alunos com necessidades educacionais específicas como a deficiência visual na sala regular de ensino. Logo, é importante que haja formação inicial e continuada de docentes da educação básica para o trabalho pedagógico para com esse público, visando uma melhor relação e efetividade da qualidade do ensino-aprendizagem. Assim, este trabalho objetivou apresentar estratégias pedagógicas utilizadas por docentes da rede básica de ensino para trabalhar com estudantes com deficiência visual, bem como em discutir a importância da formação inicial e continuada nessa perspectiva. Foi realizada uma pesquisa através de formulário eletrônico com 26 professores de diversas áreas do conhecimento. Os dados foram analisados através de Análise de Conteúdo. Nossa análise indica que, apesar dos docentes buscarem diferentes estratégias de ensino, apresentam um baixo a médio conhecimento sobre deficiência visual. Desse modo, discutimos sobre a importância e necessidade de investimentos em formação inicial e continuada para docentes.

Downloads

Biografia do Autor

Flávia Freire de Oliveira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte

Pedagoga, Especialista em Psicopedagogia, Especialista em Português e Matemática numa Perspectiva Transdisciplinar, e Especialista em Educação Inclusiva. Atualmente é professora da Escola Estadual Professora Maria Augusta da Trindade.

Paulo Ivo Silva de Medeiros, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte

Sou Licenciado em Pedagogia, Bacharel em Ecologia, Especialista em Educação Ambiental e Geografia do Semiárido, Especialista em Alfabetização + Neurociências e Mestre em Ecologia. Atualmente sou Professor Voluntário no curso de Graduação em Pedagogia EaD da Universidade Federal do Pampa e Professor Temporário do Ensino Médio Técnico em Meio Ambiente no Centro Estadual de Educação Profissional Professora Djanira Brasilino de Souza (RN). Atuo em projetos de pesquisa sobre propostas de metodologias de ensino, sensibilização e educação de pessoas à práticas de boa conduta ambiental, através da divulgação, educação científica e ambiental; comportamento ecológico em interface com a conservação, educação, gerenciamento de resíduos sólidos e saúde; os impactos socioecológicos de gatos domésticos abandonados em remanescentes florestais; a influência de fatores individuais e culturais sobre o abandono e maus tratos à animais; a interface entre neurociências, educação, meio ambiente e alimentação. Principais áreas de interesse: educação ambiental, ecologia de ecossistemas, serviços ecossistêmicos, comportamento ecológico, metodologias de ensino, formação de professores, tricologia, neurociências e alimentação; recentemente tenho me interessado também por currículo pós-crítico.

Referências

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Tradução de Luís Antero Reto, Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2011.

BERSH, Rita. Introdução à Tecnologia Assistiva. Porto alegre/RS. 2017. Disponível em: www.assistiva.com.br. Acesso em: 22 jun. 2022.

BRASIL. Decreto nº 5296. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Brasília: CC/SAJ, 2004.

BRASIL. Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008. Dispõe sobre o atendimento educacional especializado, regulamenta o parágrafo único do art. 60 da Lei no 9.394. Disponível em: https://www.andi.org.br/file/51322/download?token=iPduFKyi. Acesso em: 10 jul. 2022.

BRASIL. Decreto nº 7.611 de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7611.htm. Acesso em 22 de outubro de 2021.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. – 4. ed. – Brasília, DF: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2020. 59 p.

BRASIL. Lei Nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2000/lei-10098-19-dezembro-2000-377651-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 09 jan. 2022.

BRASIL. Lei Nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da pessoa com deficiência. Disponível em: http://www.punf.uff.br//inclusao/images/leis/lei_13146.pdf. Acesso em 22 out. 2021.

BRASIL, Ministério da educação. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica/Secretaria de Educação Especial. MEC; SESP, 2001, 79 p. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf. Acesso em: 11 jul. 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação. PNEE: Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida/ Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação – Brasília; MEC. SEMESP. 2020. 124p.

BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf . Acesso em: 10 jan. 2022.

BOCK, Geisa Letícia Kempfer; SILVA, Solange Cristina da. Simbologia braille. 1ª ed. Florianópolis: DIOESC: UDESC/CEAD/UAB, 2013. 124 p.

CARVALHO; Rosita Edler. Removendo Barreiras na prática pedagógica em sala de aula. In: Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com altas habilidades/superdotação. [2. ed.] / coordenação geral SEESP/MEC. - Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006. p.39-43.

COSTA, Margarete Terezinha de Andrade. Metodologia de ensino da Educação especial. 1 ed. Curitiba, PR: IESDE, Brasil, 2017. 124p.

DOMINGUES, Celma dos Anjos, et. al. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: os alunos com deficiência visual: baixa visão e cegueira. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do Ceará, 2010.

FREITAS, Juliana Santiago de; TORRES, Eloiza Cristiane. Geografia adaptada: os mapas táteis como alternativas práticas voltadas ao ensino inclusivo de geografia. A diversidade da geografia brasileira: escalas e dimensões da análise e da ação de 9 a 12 de outubro. 2015. 12 p. Disponível em: www.enanpege.ggf.br/2015/anais/arquivos/11/366.pdf . Acesso em: 05 dez. 2021.

GASQUE, Kelley Cristine Gonçalves Dias. COSTA, Sely Maria de Souza. Comportamento dos professores da educação básica na busca da informação para formação continuada. Ci. Inf., Brasília, v. 32, n. 3, p. 54-61, set./dez. 2003. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-19652003000300007. Acesso em: 04 dez. 2021.

JESUS, Denise Meyrelles de; EFFGEN, Ariadna Pereira Siqueira. Formação docente e práticas pedagógicas: Conexões, possibilidades e tensões. In: MIRANDA, Theresina Guimarães; FILHO, Teofilo Alves Galvão (org.) O professor e a educação inclusiva: formação prática e lugares. Salvador: EDUFAB, 2012, p. 17-24.

MANTOAN. Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? / Maria São Paulo: Moderna, 2003. 51p.

MARTINS; Lúcia Araújo Ramos. Reflexões sobre a formação de professores com vistas à educação inclusiva. In: MIRANDA, Theresina Guimarães; FILHO, Teofilo Alves Galvão (org.) O professor e a educação inclusiva: formação prática e lugares. Salvador: EDUFAB,2012, p. 25-38.

MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999. 200p. Disponível em: https://www.academia.edu/40123847/Teorias_da_aprendizagem_Marco_Antônio_Moreira. Acesso em: 10 jan. 2022.

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto Alegre: Artmed, 2000. 192p. Disponível em: https://www.novaconcursos.com.br/blog/pdf/novas-competencias-ensinar.pdf . Acesso em: 05 dez. 2021.

SÁ, Elizabet Dias de; CAMPOS, Izilda Maria de Myriam; SILVA, Beatriz Campolina. Atendimento educacional especializado: deficiência visual. SEESP / SEED / MEC Brasília/DF, 2007. 57p.

SILVA, Luzia Guacira dos Santos. Orientações para atuação pedagógica junto a alunos com deficiência: intelectual, auditiva, visual, física. Natal: WP Editora, 2010.

SOTO, Ana Paula de Oliveira Moraes; SOARES, Márcia Torres Néri. RAMOS, Marleide Batista. A Formação Docente e o Respeito à Diversidade: perspectivas para uma escola inclusiva no Município de Feira de Santana/BA. In: Experiências educacionais inclusivas: Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade / Or-ganizadora, Berenice Weissheimer Roth. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006. p.161-168.

SIÉCOLA, Marcia. Deficiência visual, auditiva e surdocegueira .1ed.-Curitiba, PR: IESDE Brasil, 2016.

UZÊDA, S. Q. Educação inclusiva. Salvador: UFBA, Faculdade de Educação/ Superintendência de Educação a Distância, 2019. 59 p.

Downloads

Publicado

07-02-2025

Como Citar

OLIVEIRA, F. F. de; MEDEIROS, P. I. S. de. A ÓTICA DOCENTE SOBRE DEFICIÊNCIA VISUAL: REFLEXÕES ACERCA DE PRÁTICAS QUE LEVEM À EDUCAÇÃO INCLUSIVA. Saberes: Revista interdisciplinar de Filosofia e Educação, [S. l.], v. 25, n. 01, p. EE02, 2025. DOI: 10.21680/1984-3879.2025v25n01ID37726. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/saberes/article/view/37726. Acesso em: 25 abr. 2025.