A MENTIRA DE UM PONTO DE VISTA ÉTICO E POLÍTICO EM CELSO LAFER

Autores

  • Mario A. L. Guerreiro

Resumo


Ao longo do pensamento ocidental, duas posições básicas têm sido tomadas em relaçáo ao problema ético da mentira: (1) Os que a consideram o ato de mentir uma coisa inadmissível em toda e qualquer circunstância (Santo Agostinho e Kant, sáo casos clássicos) e (2) Os que consideram mentir um ato desonroso, mas admitem haver exceções em que a mentira é eticamente justificável (Platáo e Benjamin Constant sáo os mais destacados defensores). Apesar da grande influência de Platáo sobre Santo Agostinho, este último náo compartilha a posiçáo de seu mestre neste particular: fundamenta sua rejeiçáo radical da mentira em passagens da Bíblia. Por sua vez, Kant a fundamenta em sua ética rigidamente dontológica em que uma regra – no caso: Náo mentir – náo pode comportar nenhuma exceçáo sem que se descaracterize.Lafer assume a posiçáo de Platáo e Benjamin Constant e desenvolve uma justificaçáo para a mentira em determinados casos excepcionais em que está em jogo o sacrifício de um bem menor (por exemplo: a honra) em nome de um bem maior (por exemplo: a vida). Pensamos que esta posiçáo está mais adequada às exigências do Direito, bem como da praxis política.

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Publicado

14-10-2010

Como Citar

GUERREIRO, M. A. L. A MENTIRA DE UM PONTO DE VISTA ÉTICO E POLÍTICO EM CELSO LAFER. Saberes: Revista interdisciplinar de Filosofia e Educação, [S. l.], v. 1, n. 2, 2010. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/saberes/article/view/589. Acesso em: 25 abr. 2024.