O PROBLEMA DA HEGEMONIA DO PENSAMENTO EUROPEU NO CURRÍCULO ESCOLAR PAULISTA
Abstract
Ao observarmos a história da Filosofia Ocidental é possível verificar que há diversas formas de entender a Filosofia, o que leva a compreensão de que não há uma definição única para ela. Embora a Filosofia esteja vinculada a dúvidas, no Brasil ela se apresenta cercada de certezas que direcionam o seu desenvolvimento e práticas. No presente trabalho, pensaremos essas certezas através de sua relação com a colonização. Argumentaremos que a colonização delineou um paradigma filosófico e, desse modo, constituiu a hegemonia do pensamento europeu na filosofia feita no Brasil. Os currículos que são implementados nas escolas seguem esse parâmetro delineado pela colonialidade fornecendo pouco ou nenhum espaço para reflexões que extrapolem o domínio das filosofias ocidentais e europeias. Tal paradigma leva a uma elitização da filosofia que carrega consigo a ideia de que o filosofar é uma tarefa difícil e sistemática que não pode ser executada por qualquer um, de modo que mantém a filosofia distante do cotidiano dos estudantes. Além disso, acreditamos que restringir a Filosofia a temas e autores europeus, algo que é consequência doa colonialidade, pode ser prejudicial para um ensino dessa disciplina com alunos do Ensino Médio por distanciá-la do cotidiano deles e da realidade que eles vivenciam. Pensar conceitos que nasceram e se desenvolveram totalmente em um contexto europeu torna a Filosofia difícil para grande parte dos estudantes por tratar de temas que não condizem com a realidade deles. A fim de repensar o paradigma vigente, apresentaremos uma proposta pluralista de Filosofia, que extrapole os domínios da Filosofia europeia, de modo a indicar suas possíveis contribuições para o filosofar e também para as relações entre professores e alunos em sala de aula.
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