CONSIDERAÇÕES SOBRE O MÉTODO DA HISTÓRIA FILOSÓFICA DE HEGEL
Abstract
O artigo detém-se em mostrar algumas das principais considerações do método da história filosófica de Hegel. Esse método é desenvolvido pelo filósofo no segundo capítulo de sua obra, A Razão na História. Diferentemente do método da história filosófica, Hegel refuta o método da história universal e da história reflexiva por não estarem pautados na universalidade da razão. Por serem contingentes, ligados as particularidades mundanas, Hegel rechaça-os para desenvolver um método filosófico voltado a apreender a história em termos universais. Para fundamentar seu método filosófico da história, Hegel discerne sobre os estamentos da essência do espírito: subjetivo, objetivo e absoluto. A essência do espírito, nesse contexto, refere-se a Ideia de Liberdade. Ela, para torna-se absoluta e permitir com que a História do Mundo realize seu têlos, necessariamente, precisa perpassar pelos estados subjetivos e objetivos. Transposta pela vontade no mundo empírico em um primeiro momento, para, posteriormente, interiorizar-se novamente no âmbito lógico, a Ideia de Liberdade torna-se absoluta, se e somente se, for desvencilhada do domínio subjetivo e objetivo. No estado subjetivo a vontade é a responsável por exteriorizar a Ideia na realidade mundana. Em seu estado objetivo, para tornar-se absoluta, a ideia, necessariamente, precisa contemplar-se. Essa autocontemplação, por sua vez, refere-se ao movimento dialético da exteriorização à interiorização. Novamente no interior da consciência, a Ideia torna-se universal, perfeita. Por possuir esses atributos está ligada aos intentos da providência. Logo, apreender a História do Mundo através da universalidade da razão corresponde aos desígnios de Deus. Desta maneira, será pertinente investigar neste artigo, os conceitos básicos que Hegel utiliza para fundamentar o método da história filosófica, a saber: Espírito, Vontade e Ideia de Liberdade.
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