A IDENTIDADE ENTRE O BELO E O VERDADEIRO NO PENSAMENTO DE SCHELLING
Resumen
Não obstante enquadrado no movimento geralmente conhecido como Idealismo Alemão, o pensamento de Schelling pode ser considerado peculiar. Em diálogo com seus predecessores Kant e Fichte, Schelling abre mão de um fundamento puramente epistemológico e constrói sua filosofia em um fundamento também ontológico, que unifica em si sujeito e objeto, isto é, o Absoluto ou Deus. O Absoluto é incondicionado precisamente por não se limitar ao subjetivo ou ao objetivo - relativos um ao outro e que só são na medida em que o outro é -, mas, contrariamente, por unificar em si todos os opostos: o finito e o infinito, o sujeito e o objeto, o ideal e o real. Em Deus idealismo e realismo convergem na medida em que o conhecimento absoluto é o próprio Absoluto, isto é, não condicionado e relativo a um elemento externo. Desse modo, resgatando o imanentismo e o paralelismo psicofísico de Spinoza, Schelling estabelece corpo e espírito como sendo apenas dois aspectos de uma mesma coisa, coincidindo e se identificando em Deus. Sendo o intelecto a capacidade de captar os conceitos ou a verdade das coisas, e a sensibilidade a capacidade de intuí-las, Schelling estabelece, no diálogo Bruno, a beleza de uma coisa singular, intuída sensivelmente, como não separada de sua verdade. A filosofia, como aquilo que revela a verdade eterna e oculta das coisas, de caráter esotérico, se unifica, portanto, com a arte, que reproduz, a partir da Beleza em e para si, o belo no particular, assumindo um caráter exotérico. Dito isso, o presente trabalho tem o intuito de expor, a partir do diálogo Bruno, a relação estabelecida entre a Beleza e a Verdade e como Schelling chega até ela seguindo sua Filosofia da Identidade.
Palavras-chave: Schelling, Idealismo Alemão, Estética, Monismo.
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