HEGEL E O PROBLEMA DO CETICISMO

Autores/as

  • Oscar Cavalcanti de Albuquerque Bisneto

Resumen

O desafio cético é um tema presente no pensamento de Hegel desde 1802, época em que publica, no kritisches Journal der Philosophie, seu artigo Verhältnis des Skepticismus zur Philosophie. A preocupaçáo primeira de Hegel, neste artigo, consiste em desfazer um mal-entendido que havia se tornado um lugar comum nas discussões filosóficas de seu tempo, difundido sobretudo a partir da publicaçáo do Aenesidemus de Gottlob E. Schulze, que identificava o ceticismo antigo a uma espécie de empirismo “vulgar”. Segundo Hegel, ainda que o ceticismo antigo possa ser avaliado a partir de diferentes pontos de vista, sob hipótese alguma ele poderia ter tomado a experiência sensível como critério último de verdade. Ao contrário, sustenta ele, a postura cética entre os antigos estava voltada em seus ataques, em primeiro lugar, contra o conhecimento do tipo sensível. Dito isso, convém frisar que a nossa pesquisa consiste em mostrar que o ceticismo pirrônico desempenha uma importante funçáo na economia interna do pensamento de Hegel. Conforme entendemos, essa importância reside no fato de que alguns dos principais argumentos do pirronismo, tal como aparecem no livro primeiro das Hipotiposis, estáo diretamente ligados ao processo de fundamentaçáo do início do sistema hegeliano.

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Publicado

12-01-2011

Cómo citar

BISNETO, O. C. de A. HEGEL E O PROBLEMA DO CETICISMO. Saberes: Revista Interdisciplinaria de Filosofía y Educación, [S. l.], v. 3, n. esp, 2011. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/saberes/article/view/883. Acesso em: 23 nov. 2024.