MITO: ENTRE A REFLEXÃO DO REAL E O REFLEXO DO INTELIGÍVEL

Autores

  • Vanessa Alves de Lacerda Santos

Resumo

Imbuída de grande carga simbólica a narrativa mítica foge ao alcance da verificável, pois ainda que carregue de berço o impulso pela explicaçáo do real, náo é próprio de seu discurso a demonstraçáo da veracidade dos fatos relatados, de tal modo que é fora do âmbito do provável que o mito (mithós) adquiri brilho e retoma sua força. Para além de suas qualidades literárias, Plotino enxerga o mito como um meio para atividade reflexiva, reconhecendo nele um valor analítico e didático, que possibilita relacionar a prática do mito com o exercício do logos, esta relaçáo é táo presente em sua filosofia que, como nos indica J.M. Zamora, o mito pode ser interpretado e metaforizado como um espelho, que reflete a realidade e serve como um recurso, uma imagem instrutiva, mediadora, configurada entre o visível e o inteligível que, quando superada, possibilita ascese da alma.

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Publicado

12-01-2011

Como Citar

SANTOS, V. A. de L. MITO: ENTRE A REFLEXÃO DO REAL E O REFLEXO DO INTELIGÍVEL. Saberes: Revista interdisciplinar de Filosofia e Educação, [S. l.], v. 3, n. esp, 2011. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/saberes/article/view/889. Acesso em: 23 dez. 2024.