A “ciência sem nome” de Aby Warburg ainda interessa à (re)escritura historiográfica da arte?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36025/arj.v9i1.29639

Palavras-chave:

Imagem, Historiografia, Antropografia, Antropofagia

Resumo

O presente artigo aborda a recente difusão da “ciência sem nome” de Aby Warburg, particularmente no contexto latino-americano. Para tanto, faz-se uma revisão da tardia tradução do pensamento warburguiano (principalmente em línguas neolatinas) na segunda metade do século XX, fenômeno este que foi agudizado nas primeiras duas décadas do século XXI, encontrando ecos notórios em autores contemporâneos como Belting, Agamben e Didi-Huberman. De permeio, discute-se algumas das causas da longa invisibilidade do pensamento de Warburg para, enfim, delinear possíveis respostas para a seguinte questão: tal pensamento ainda interessa à intensa (re)escritura historiográfica da arte ora acontecendo no contexto acadêmico brasileiro?

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Afonso Medeiros, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Afonso Medeiros (José Afonso Medeiros Souza) é Professor Titular de Estética e História da Arte do Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará, atuando no Programa de Pós-Graduação em Artes, na Licenciatura e no Bacharelado em Artes Visuais. Vive e trabalha em Belém, Brasil

Referências

AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? E outros ensaios. Chapecó, Argos, 2009.

AGAMBEN, Giorgio. A potência do pensamento: ensaios e conferências. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1978.

BELTING, Hans. O fim da história da arte: uma revisão dez anos depois. São Paulo: Cosac Naify, 2006.

BELTING, Hans. Antropologia da imagem. Lisboa: KKYM, 2014.

CALABRESE, Omar. A linguagem da arte. Rio de Janeiro: Ed. Globo, 1987.

COLOMBRES, Adolfo. Teoria transcultural del arte: hacia un pensamiento visual independiente. Buenos Aires: Del Sol, 2004.

DIDI-HUBERMAN, Georges. A imagem sobrevivente: história da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.

DABASHI, Hamid. Os não-europeus pensam? Amadora: Elsinore, 2017.

DANTO, Arthur. Após o fim da arte: a arte contemporânea e os limites da história. São Paulo: Edusp/Odysseus, 2006

GHELARDI, Maurizio. Aby Warburg et la “lutte pour le style”. Paris : L’écarquillé, 2016.

GOMBRICH, Ernst. Gombrich essencial: textos selecionados sobre arte e cultura. Porto Alegre: Bookman, 2012.

GOMBRICH, Ernst. Aby Warburg: une bigraphie intellectuelle, suivie d’une étude sul l’historie de la bilbiotèque de Warburg par F. Saxl. Paris: Klinckesieck, 2015.

GRÜNER, Eduardo. Iconografías malditas, imágenes desencantadas: hacia una política “warburguiana” en la antropología del arte. Buenos Aires: Editorial de la Facultad de Filosofia y Letras Universidad de Buenos Aires, 2017.

GUINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Cia. das Letras, 1989.

HOLLY, Michael Ann (sem título). Em: CAA Review, 18/01/2000. Disponível em:

//www.caareviews.org/reviews/306#.XkRKHBdJmqQ>. Acessado em: 12/02/2020.

KLEIN, Robert. A forma e o inteligível. São Paulo: Edusp, 1998.

KOPP, Robert. Aby Warburg, enfin! Em: Revue des deux mondes, juillet-août 2016, pp. 171-74. Disponível em: . Acessado em: 17/01/2019.

RAULFF, Ulrich. Epílogo. Em: WARBURG, Aby. El ritual de la serpiente. México: Editorial Sexto Piso, 2008.

INAGA, Shigemi. A História da arte é globalizada? Um comentário crítico de um ponto de vista do Extremo Oriente. Em: GREINER, Christine; SOUZA, Marco (orgs.). Imagens do Japão: pesquisas, intervenções, poéticas, provocações. São Paulo: Annablume, 2011.

MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Lisboa: Antígona, 2014.

MICHAUD, Philippe-Alain. Aby Warburg e a imagem em movimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.

OCAMPO, Estela. Apolo y la mascara: la estética occidental frente a las prácticas artísticas de otras culturas. Barcelona: Icaria Editorial, 1985.

WARBURG, Aby. El ritual de la serpiente. México: Editorial Sexto Piso, 2008.

WARBURG, Aby. Atlas Mnemosyne. Madrid: Ediciones Akal, 2010.

WARBURG, Aby. A renovação da antiguidade pagã: contribuições científico-culturais para a história do Renascimento europeu. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.

WARBURG, Aby. Histórias de fantasma para gente grande: escritos, esboços e conferências. São Paulo: Cia. das Letras, 2015.

WARBURG, Aby. A presença do antigo: escritos inéditos – volume I. Campinas: Editora Unicamp, 2018 (org., introd. e trad. de Cássio Fernandes).

WIND, Edgar. A eloquência dos símbolos. São Paulo: Edusp, 1997.

WIND, Edgar. Sobre uma recente biografia de Warburg. Em: FERNANDES, Cássio (org.). Warburg, Aby: A presença do antigo: escritos inéditos – volume I. Campinas: Editora Unicamp, 2018, pp. 281-300.

Downloads

Publicado

28-07-2022

Como Citar

MEDEIROS SOUZA, J. A. A “ciência sem nome” de Aby Warburg ainda interessa à (re)escritura historiográfica da arte?. ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes, [S. l.], v. 9, n. 1, 2022. DOI: 10.36025/arj.v9i1.29639. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/artresearchjournal/article/view/29639. Acesso em: 17 abr. 2024.

Edição

Seção

Variações sobre o Warburgiano / Variaciones sobre lo Warburguiano