A produção de textos científicos explicativos na formação inicial de professores de Química

Autores

  • Isauro Beltrán Núñez UFRN
  • Sandra Cristina Bezerra de Barros

DOI:

https://doi.org/10.21680/1981-1802.2019v57n51ID15711

Palavras-chave:

Escrever. Explicação científica. Conhecimento profissional. Licenciatura em Química.

Resumo

A explicação científica é essencial para a produção dos conhecimentos científicos e para a compreensão dos fenômenos e processos das ciências. Consequentemente, é um conhecimento profissional necessário para a atividade docente, e o professor de Química precisa dominá-lo para obter êxito em sua prática pedagógica, na educação básica. Este artigo objetiva caracterizar o conhecimento de estudantes do curso de licenciatura em Química sobre a explicação científica e a escrita de textos explicativos. O estudo foi realizado com 24 estudantes da disciplina Estágio e Prática de Ensino de Química II. Foi aplicada uma prova pedagógica com perguntas de conteúdo, relacionadas com as questões do estudo. Os resultados evidenciam um baixo domínio desse conhecimento docente assim como a necessidade de se atribuir importância à formação inicial dos graduandos quanto aos processos de comunicação da ciência, para que possam pensar sobre esses processos e aprender a ensiná-los no contexto da educação científica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Isauro Beltrán Núñez, UFRN

Licenciado em Química. Mestre em Química inorgánica.  Doutor em educação. Professor titular Centro de Educação da UFRN.  Pesquisa sobre ensino, aprendizagem desenvolvimentista, formação de conceitos e habilidades nas ciencias com base à escola Histórico Cultural de L. S. Vigotsky, A. N. leontiev, P. Ya. galperin.

Referências

BORSESE, Aldo. Comucación, lenguaje y enseñanza. Educación Quimica, Ciudad México, v. 11, n. 2, p. 220-227, abr./jun. 2000.

BRAATEN, Melissa; WINDSCHITL, Mark. Working toward a stronger conceptualization of scientific explanation for science education. Science Education, London, v. 95, p. 639-669, may 2011.

CARVALHO, Anna Maria Pessoa. As condições de diálogo entre professores e formador para um ensino que promova a enculturação científica dos alunos. In: DALBEN, Ângela; DINIZ, Júlio; LEAL, Leiva; SANTOS, Lucíola (Org.). Didática e práticas de ensino. Belo Horizonte: Autentica, 2010.

CEREZAL, Jorge Mesquita; FIALLO, Julio Rodríguez. Cómo investigar en Pedagogía. La Habana: Editorial Pueblo y Educación, 2010.

COLL, Richard; TREAGUST, David. Investigation of secondary school, undergraduate, and graduate learners’ mental models of ionic bonding. Journal of Research in Science Teaching, Hoboken, n. 40, p. 464-486, 2003.

DUSCHL, Richard. La valoración de argumentaciones y explicaciones: promover estrategias de retroalimentación. Enseñanza de las Ciencias, Barcelona, v. 16, n. 1, p. 3-201, jan./mar. 1998.

EBBERS, Margaretha; ROWELL, Pat. Scaffolding children’s explanations. Primary Science Review, London, v. 74, p. 10-13, sept./oct. 2002.

GIERE, Ronald. Explaining Science: a cognitive approach. Chicago: The University of Chicago, 1988.

GILBERT, John. On the explanation of change in science and cognition. Science & Education, Dordnecht, v. 8, n. 5, p. 543-557, set.1999.

GILBERT, John; BOULTER, Carolyn; RUTHERFORD, Margaret. Models in explanations, part 1: horses for courses? International Journal of Science Education, London, v. 20, n. 1, p. 83-97, jan. 1998.

GÓMEZ, Alma Adriana Galindo. Construcción de explicaciones cientificas escolares. Revista Educación y Pedagogía, Medellin, v. 18, n. 45, p. 73-83, set./dez. 2006.

JIMÉNEZ-ALEIXANDRE, Maria, Pilar. Comunicación y lenguaje en la clase de ciencias. In: JIMÉNEZ ALEIXANDRE, Maria Pilar (Org.). Enseñar ciencias. Barcelona: Editorial Graó, 2003.

JOHNSTONE, Alex. Macro and microchemistry. The School Science Review, Portsmouth, v. 64, n. 227, p. 377-379, 1982.

JORBA, Jaime. La comunicación y las habilidades cognitivolinguísticas. In: JORBA, Jaime; GÓMEZ, Isabel; PRAT, Angels. Hablar y escrebir para aprender. Uso de la lengua en situación de enseñanza-aprendizaje desde las áreas curriculares. Barcelona: Editorial Sintesis, 2000.

L2. Questionário. Natal (RN), 10 abr. 2017.

L3. Questionário. Natal (RN), 10 abr. 2017.

L4. Questionário. Natal (RN), 10 abr. 2017.

L8. Questionário. Natal (RN), 10 abr. 2017.

L13. Questionário. Natal (RN), 10 abr. 2017.

L15. Questionário. Natal (RN), 10 abr. 2017.

L20. Questionário. Natal (RN), 10 abr. 2017.

LEMKE, Jay. Aprender a hablar ciencia. Lenguaje, aprendizaje y valores. Barcelona: Paidós, 1997.

MÁRQUEZ, Conxita, Bargalló. Aprender ciencias a través del lenguaje. Educar, Guardalajara, n. 33, p. 27-38, abr./jun. 2005.

MÁRQUEZ, Conxita, Bargalló. La comunicación en el aula. In: MERINO Cristian Rubilar; GÓMEZ, Adriana Galindo; ADÚRIZ-BRAVO, Agustin (Org.). Áreas y estrategias de investigación en la didáctica de las ciencias experimentales. Barcelona: Universitar Autónoma de Barcelona, 2008.

MARTINS, ISABEL; OGBORN, Jon; KRESS, Gunther. Explicando uma explicação. Ensaio: pesquisa em educação em ciências, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 1-14, 1999.

MCNEILL Katherine; KRAJCIK, Joseph. Scientific explanations: characterizing and Evaluating the Effects of Teachers’ Instructional Practices on Student Learning. Journal of Research in Science Teaching, Hoboken, v. 45, n. 1, p. 53-78, 2008.

MCNEILL, Katharine; LIZOTTE, David. J.; KRAJCIK Joseph. Supporting students’ construction of scientific explanations by fading scaffolds in instructional materials. Journal of the Learning Sciences, Philadelphia, v. 15, n. 2, p. 153-191, 2006.

MENDONÇA, Paula Cristina Cardoso; JUSTI, Rosária. Favorecendo o aprendizado do modelo eletrostático: análise de um processo de ensino de ligação iônica fundamentado em modelagem - Parte I. Educación Química, Ciudad México, v. 20, n. 3, p. 282-293, jul./set. 2009.

MINAYO, Maria, Cecilia, de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12. ed. São Paulo: Hucitec, 2010.

MORAES, Roque; GALIAZZI, Maria do Carmo; RAMOS, Mauirivan. Güntzel. In: MORAES, Roque; VALDEREZ, Maria do Rosario (Org.). Pesquisa em sala de aula: tendências para a educação de novos tempos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002.

MORTIMER, Eduardo Fleury; VIEIRA, Ana Clara. Letramento científico em aulas de quí¬mica para o ensino médio: dialogo entre linguagem científica e linguagem cotidiano. In: DALBEN, Angela; DINIZ, Julio; LEAL, Leiva (Org.). Coleção didática e práticas de ensino. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

NAGEL, Ernest. The structure of science: problems in the logic of scientific explanation. Indianapolis: Hackett Publishing Company, 1979.

NORRIS, Stephen; GUILBERT, Sandra; SMITH, Martha; HAKIMELAHI, Shahram; PHILLIPS, Linda. A theoretical framework for narrative explanation in science. Science Education, London, n. 89, p. 535-563, 2005.

NÚÑEZ, Isauro, Beltrán; RAMALHO, Betania, Leite. A dispersão semântica na pesquisa educacional: implicações teórico-metodológicas. Revista Educação em Questão, Natal, v. 10 e 11, n. 2/1, p. 96-114, jan./jun. 2000.

NÚÑEZ, Isauro, Beltrán; RAMALHO, Betania, Leite. Conhecimento profissional para ensinar a explicar processos e fenômenos nas aulas de Química. Revista Educação em Questão, Natal, v. 38, n. 52, p. 243-268, maio/ago. 2015.

NÚÑEZ, Isauro, Beltrán; RAMALHO, Betania, Leite. Os itens de química do ENEM 2014: erros e dificuldades de aprendizagem. Acta Scientiae, Canoas, v. 19, n. 5, p.799-816, set./out. 2017.

NÚÑEZ, Isauro, Beltrán. Vygotsky Leontiev Galperin – formação de conceitos e princípios didáticos. Brasília: Líber Livro, 2009.

OGBORN, Jon; KRESS, Gunther; MARTINS, Isabel; MCGILLICUDDY, Kieran. Formas de explicar: la enseñanza de las ciencias en secundaria. Madrid: Santanilla, 1998.

OSBORNE, Jonathan; PATTERSON, Alexeis. Scientific Argument and Explanation: A necessary distinction? Science Education, London, n. 95, p. 627-638, 2011.

POZO, Juan Ignacio; POSTIGO, Yolanda Angón. Los procedimientos como contenidos escolares. Barcelona: Edebé. 2000.

PRAT, Angel; IZQUERDO, Mercé. Función del texto escrito en la construcción de conocimientos y en el desarrolo de habilidades. In: JORBA, Jaime; GÓMEZ, Isabel; PRAT Angels. Hablar y escrebir para aprender. Uso de la lengua en situación de enseñanza-aprendizaje desde las áreas curriculares. Barcelona: Editorial Sintesis, 2000.

QUILEZ, Juan. Pardo. ¿Es el profesor de Química también profesor de Lingua? Educación Química, Ciudad México, n. 27. p. 105-114, 2016.

SANMARTI, Neus. Didáctica de las ciencias en la educación secundaria obligatoria. Madrid: Editorial Síntesis S.S, 2000.

SANMARTI, Neus. Hablar, leer y escribir para aprender ciencia. In: FERNÁNDEZ, Pilar. Martínez (Org.). La competencia en comunicación ligüística en las áreas del currículo. Madrid: Colección Aulas de Verano. MEC. 2007.

SARDA, Anna; SANMARTI, Neus. Enseñar a argumentar cientificamente: un reto de las clases de ciencias. Enseñanza de las Ciencias, Barcelona, v. 18, n. 3, p. 405-422, set./dez. 2000.

SUTTON, Clive. Los profesores de ciencias como profesores de linguaje. Enseñanza de las Ciencias, Barcelona, v. 2, n. 1, p. 21-26, jan./abr. 2003.

TABER, Keith. Misunderstanding the ionic bond. Education in Chemistry, London, v. 31, p. 100-103, 1994.

VYGOTSKI, Lev. Semyonovich. Pensamiento y linguaje. Madrid: Editorial Visor Distribuciones S. A, 1993. (Obras Escogidas).

WENZEL, Judith Scherer; MALDANER, Otavio Aloisio. A significação conceitual pela escrita e reescrita orientada em aulas de química. Química Nova, São Paulo, v. 37, n. 5, p. 908-914, jun. 2014.

Publicado

31-10-2018

Como Citar

Núñez, I. B., & Bezerra de Barros, S. C. (2018). A produção de textos científicos explicativos na formação inicial de professores de Química. Revista Educação Em Questão, 57(51). https://doi.org/10.21680/1981-1802.2019v57n51ID15711

Edição

Seção

Artigos