Quadrinhos, leitura e discurso da interdição em espaços oficiais de educação
DOI:
https://doi.org/10.21680/1981-1802.2019v57n53ID17033Palavras-chave:
Análise do discurso. Quadrinhos. Discurso da interdição. Educação.Resumo
Este artigo tem por objetivo analisar as estratégias linguístico-discursivas que legitimaram, em espaços oficiais de educação, a interdição dos quadrinhos como uma prática de leitura. Para tanto, foi selecionado um capítulo do livro “Literatura Infanto-Juvenil”, publicado no ano de 1969, para compor o corpus da pesquisa resultante deste artigo. Tal obra fez parte da “Coleção Didática do Brasil”, cujos objetivos eram difundir e, de algum modo, prescrever princípios e práticas relativos a diversos temas que envolvessem a educação. De posse desse corpus, orientamo-nos pelas contribuições advindas da análise do discurso de linha francesa, sobretudo tendo como exponentes os estudos de Michel Pêcheux (2009 e 2015) acerca de memória e discurso. Guia-nos, neste artigo, a seguinte questão de pesquisa: quais estratégias linguístico-discursivas articulam leitura, quadrinhos e sanção? Finalmente, encontramos as análises que demonstram as seguintes estratégias linguístico-discursivas, com vistas à interdição dos quadrinhos: memória, interdiscurso, argumentação por autoridade, discurso científico e discurso oficial.
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