Pesquisa(-)formação:
composições a partir de experiências de leitura e escrita na universidade
DOI:
https://doi.org/10.21680/1981-1802.2019v57n53ID17687Palavras-chave:
Pesquisa formativa. Leitura. Escrita. Comum.Resumo
Neste artigo apresentam-se práticas de experimentação e invenção da relação entre pesquisa e formação a partir de experiências de leitura e escrita ensaiadas na universidade. Partindo de autores como Giorgio Agamben, Jan Masschelein, Maarten Simons, Jorge Larrosa ou Maurice Blanchot, o texto explora ideias de pesquisa e formação pensadas a partir das marcas da subjetividade, da experiência e de uma certa forma (im)produtiva, no sentido de inoperante, de habitar o mundo da educação. Parte-se dos conceitos de estudo e pesquisa formativa para pensar, em seguida, o que seriam as condições e implicações da experiência da leitura e da escrita na invenção de sentidos outros de pesquisa, através da construção do comum. Os movimentos produzidos por exercícios de leitura e escrita, ensaiados na formação de pedagogos, constituem uma composição que, colocando em jogo as subjetividades, se desenvolve numa relação de alteridade, produtora de incômodos e desassossegos, a partir dos quais se constrói um corpo comum de pesquisadores.
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