O Pandemônio de 1918
Testemunho de um médico para a posteridade
DOI:
https://doi.org/10.21680/1981-1802.2020v58n58ID21540Palavras-chave:
Moncorvo Filho. Gripe espanhola. Pandemia. Testemunho.Resumo
Problematizar como o médico Moncorvo Filho narra a pandemia da gripe espanhola, em O Pandemônio de 1918, além de interpretar como ele estava inserido num movimento comprometido em pensar o exercício da medicina articulado a preceitos pedagógicos de higiene, constituem o horizonte deste texto. Na interpretação da atuação do médico, nos orientamos pela perspectiva de intelectual de Sirinelli (2003). Nos detivemos na rede de sociabilidade de Moncorvo Fillho, no seu engajamento político na saúde e no modo como sua geração enfrentou aquela pandemia. Concluímos que Moncorvo Filho, com a publicação do livro, em 1924 – no qual denunciou os problemas sociais e a falta de condições sanitárias que dificultaram a ação naquele momento – pretendia deixar registrado o testemunho de um médico que viveu aquela que até então era a maior epidemia da história, a partir de uma concepção intervencionista que se traduzia em práticas voltadas para impedir a disseminação da doença.
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Referências
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