O movimento estudantil e as possibilidades de “subversão da práxis”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/1981-1802.2021v59n61ID25172

Palavras-chave:

Movimento Estudantil, Subversão da Práxis, Participação Política, Luta de classes.

Resumo

Derivado de pesquisa mais ampla, o presente texto tem por objetivo apontar as contribuições do movimento estudantil para a “subversão da práxis”. As reflexões propostas são de cunho teórico, realizadas a partir de pesquisa bibliográfica e sob a luz do Materialismo Histórico e Dialético. Os escritos de Gramsci (2014), Lenin (2015) e Mandel (1979) dão luz ao debate proposto. Para tanto, o texto tece considerações teóricas sobre a “subversão da práxis” situando-a na luta de classes; abre um debate sobre o conjunto de elementos que auxiliam na definição de movimento estudantil e debate as suas contribuições para a “subversão da práxis”. Ao final é destacado que a participação de jovens no movimento estudantil colabora na formação de sujeitos políticos, pois propicia experiências junto à realidade social, política e econômica, essenciais para instauração de um modo de vida que supere a desigualdade e se assente na igualdade.

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Biografia do Autor

Aldimara Catarina Brito Delabona Boutin, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutora egressa do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa. É integrante do Grupo de Pesquisa Capital, Trabalho, Estado, Educação e Políticas Educacionais – GPCATE – UEPG.

Simone de Fátima Flach, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Profª Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa. É Pesquisadora integrante do Grupo de Pesquisa Capital, Trabalho, Estado, Educação e Políticas Educacionais – GPCATE – UEPG.

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Publicado

09-11-2021

Como Citar

Brito Delabona Boutin, A. C. ., & Flach, S. de F. (2021). O movimento estudantil e as possibilidades de “subversão da práxis”. Revista Educação Em Questão, 59(61). https://doi.org/10.21680/1981-1802.2021v59n61ID25172

Edição

Seção

Artigos