Indicadores sintéticos e humanidades

avaliação em larga escala no Brasil e no Rio Grande do Sul

Resumo

Avaliações externas de larga escala, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) e o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul (Saers), orientam políticas públicas e práticas pedagógicas no Brasil. Ao privilegiarem áreas do conhecimento como Leitura, Matemática e Ciências, essas avaliações marginalizam as humanidades, limitando o desenvolvimento integral dos estudantes. Este estudo, de abordagem documental e bibliográfica, analisa os impactos da exclusão das humanidades dessas avaliações, discute suas implicações para a formação integral e propõe estratégias para promover um modelo avaliativo mais inclusivo na educação básica brasileira e gaúcha. A análise mostrou que a exclusão das humanidades gera fragmentação curricular, o que distancia a própria educação de uma formação integral, empobrecendo competências críticas e socioemocionais, reforçando a lógica tecnicista. Por fim, propõe-se um modelo híbrido de avaliação, que combine indicadores sintéticos e abordagens qualitativas para integrar saberes humanísticos ao monitoramento da qualidade educacional, promovendo uma educação básica equitativa, formativa e orientada à uma formação humana consistente.