A Teoria da Aprendizagem Significativa e o jogo

Autores

  • Felipe do Espirito Santo Silva-Pires Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz
  • Valéria da Silva Trajano Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz
  • Tania Cremonini de Araujo-Jorge Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz

DOI:

https://doi.org/10.21680/1981-1802.2020v58n57ID21088

Palavras-chave:

Jogo. Aprendizagem significativa. Lugares comuns da educação. Conceitos estruturantes.

Resumo

Este estudo tem como objetivo apresentar os princípios da Teoria da Aprendizagem Significativa e as propriedades do jogo, e discutir como ambos interagem. Segundo a Teoria, a aprendizagem significativa ocorre quando novos conhecimentos se relacionam de modo não-arbitrário e substantivo com a estrutura cognitiva do aprendiz. O jogo educacional requer dialogicidade, senso crítico, e está baseado na realidade daqueles que o praticam, cujos conhecimentos prévios se fazem necessários para que o jogador possa construir novos saberes por meio de uma atividade divertida, dinâmica e interpretativa de conceitos abstratos e complexos. Constatamos que os jogos possibilitam uma aprendizagem significativa, visto que atendem a diferentes etapas do desenvolvimento cognitivo, têm sua qualidade relacionada às interações estabelecidas entre seu objeto de conhecimento e a estrutura cognitiva do educando, e permitem a apresentação de conceitos centrais para a aquisição de novos conhecimentos mediante uma linguagem clara e objetiva.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AMORIM, Roseane Maria de; SILVA, Cintia Gomes da. O uso das imagens no ensino de história: reflexão sobre o uso e a interpretação das imagens dos povos indígenas. História & Ensino, Londrina, v. 22, n. 2, p. 165-187, 2016.

AUSUBEL, David Paul. Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva cognitiva. Lisboa: Editora Plátano, 2003.

AUSUBEL, David Paul; NOVAK, Joseph Donald; HANESIAN, Helen. Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.

AZEVEDO, Gilles Henrique Tavares de. Classificações de objetos lúdicos: sistema COL na brinquedoteca. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida; SANTOS, Maria Walburga dos (org.). Jogos e brincadeiras: tempos, espaços e diversidade. São Paulo: Cortez, 2016.

BLACKMAN, Sue. Serious games... and less! Computer Graphics, New York, v. 39, n. 1, p. 12-16, 2005.

CAILLOIS, Roger. Os jogos e os homens: a máscara e a vertigem. Petrópolis: Vozes, 2017.

CARVALHO, José Roberto Calçada. Competição e cooperação na educação física escolar. 2. ed. São Paulo: Perse, 2015.

COSTA, Leandro Demenciano. O que os jogos de entretenimento têm que os educativos não têm: 7 princípios para projetar jogos educativos eficientes. Teresópolis: Editora Novas Ideias, 2010.

CUNHA, Marcia Borin da. Jogos no ensino de química: considerações teóricas para sua utilização em sala de aula. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 92-98, 2012.

DIAS, Marina Célia Moraes. Metáfora e pensamento: considerações sobre a importância do jogo na aquisição do conhecimento e implicações para a educação pré-escolar. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 58. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.

GAGLIARD, Raúl. Los conceptos estructurales en el aprendizaje por investigación. Revista Enseñanza de las ciencias, Barcelona, v. 4, n. 1, p. 30-35, 1986.

GARON, Denise. Classificação e análise de materiais lúdicos – O sistema ESAR. In: FRIEDMANN, Adriana (org.). O direito de brincar: a brinquedoteca. 4. ed. São Paulo: Scritta, 1998.

GOWIN, Bob. Educating. New York: Cornell University Press, 1981.

HUIZINGA, Johan. Homo ludens. 8. ed. São Paulo: Perspectiva, 2014.

KAPP, Karl. The gamification of learning and instruction: game-based methods and strategies for training and education. Nova Jersey: John Wiley & Sons, 2012.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Cengage Learning, 2016.

KOSTER, Raph. A theory of fun for game design. 2. ed. Sebastopol?: O'Reilly Media, 2013.

KRUMMENAUER, Wilson Leandro; STAUB JUNIOR, Carlos Roberto; CUNHA, Michelle Brito. O Jogo de Xadrez como ferramenta de desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático com alunos do 4º ano do Ensino Fundamental. REMAT, Bento Gonçalves, v. 5, n. 2, p. 72-81, 2019.

LEMOS, Evelyse dos Santos. Enseñanza y el hacer docente: reflexiones a la luz de la teoría del aprendizaje significativo. Aprendizagem Significativa em Revista, Porto Alegre, v. 2, n. 2, p. 23-41, 2012.

MAYER, Richard. Introduction to multimedia learning. In: MAYER, Richard (org.). The Cambridge handbook of multimedia learning. Cambridge: Cambridge University Press, 2005.

MICHELET, André. Classificação de jogos e brinquedos – A classificação I.C.C.P. In: FRIEDMANN, Adriana (org.). O direito de brincar: a brinquedoteca. 4. ed. São Paulo: Scritta, 1998.

MOREIRA, Marco Antonio. Aprendizagem significativa subversiva. In: ENCONTRO INTERNACIONAL SOBRE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA, 3., 2000, Peniche. Atas [...]. Peniche, 2000.

MOREIRA, Marco Antonio. Aprendizagem significativa crítica. Porto Alegre: Instituto de Física da UFRGS, 2005.

MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de aprendizagem. 2. ed. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária Ltda, 2011.

NOVAK, Joseph Donald. A theory of education. New York: Cornell University Press, 1977.

NOVAK, Joseph Donald. Aprender, criar e utilizar o conhecimento: mapas conceituais como ferramentas de facilitação nas escolas e empresas. Lisboa: Plátano, 2000.

NOVAK, Joseph Donald. A theory of education: meaningful learning underlies the constructive integration of thinking, feeling, and acting leading to empowerment for commitment and responsibility. Aprendizagem Significativa em Revista, Porto Alegre, v. 1, n. 2, p. 1-14, 2011.

OLIVEIRA, Mônica de Moraes; SOUZA, Sandra Maria Ribeiro de. O caráter multidisciplinar da comunicação visual em hospitais. Comunicação e Inovação, São Caetano do Sul, v. 15, n. 29, p. 159-170, 2014.

PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2010.

ROGERS, Scott. Level up: um guia para o design de grandes jogos. São Paulo: Blucher, 2016.

ROMÃO, João Jair da Silva. Estudo sobre interfaces gráficas digitais para jogos e atividades lúdicas. 2008. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Design) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.

SCHWAB, Joseph. The practical 3: translation into curriculum. The School Review, Chicago, v. 81, n. 4, p. 501-522, 1973.

VANZELLA, Lila Cristina Guimarães. Jogos de tabuleiro: análise na perspectiva histórica. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida; SANTOS, Maria Walburga dos (org.). Jogos e brincadeiras: tempos, espaços e diversidade. São Paulo: Cortez, 2016.

Publicado

03-09-2020

Como Citar

do Espirito Santo Silva-Pires, F., da Silva Trajano, V., & Cremonini de Araujo-Jorge, T. (2020). A Teoria da Aprendizagem Significativa e o jogo. Revista Educação Em Questão, 58(57). https://doi.org/10.21680/1981-1802.2020v58n57ID21088

Edição

Seção

Artigos