Identidade(s) e letramento (s) de reexistência através da negociação de narrativas de resistência
DOI:
https://doi.org/10.21680/1981-1802.2023v61n67ID31741Palavras-chave:
Formação de identidade, Narrativas de resistência, Letramentos de reexistência, GlobalizaçãoResumo
Este artigo tem como objetivo analisar o desenvolvimento de identidade(s) e letramento(s) de reexistência por meio da compreensão, negociação e criação de narrativas de resistência entre professores de inglês em formação. Este é um estudo reflexivo que oferece cinco pressupostos teóricos: a) A globalização afeta o desenvolvimento da identidade (BAUMAN, 2004; JENKINS, 2014); b) O desenvolvimento da identidade, o letramento e a reexistência são práticas socioculturais sempre negociadas (HEATH, 1983; FREIRE, 1985); c) A resistência é uma prática libertadora das sociedades oprimidas (GIROUX, 1983; FOUCAULT, 1999); d) As narrativas de resistência surgem para reexistir (SILVA- SOUZA, 2009; ALBÁN-ACHINTE, 2013); e e) Os letramentos de reexistência são práticas socioculturais (CUPELLI, 2008; SILVA-SOUZA, 2011). Esses pressupostos e os teóricos que os sustentam tornam-se caminhos para fazer da questão um cenário de negociação, desenvolvimento de identidade e reexistência. Por fim, o texto mostra a importância da compreensão desses pressupostos como uma tarefa socio pedagógica para a compreensão de um mundo mais justo e igualitário.
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