Aprender a fazer e fazer para aprender
o modelo escola-fazenda implantado na rede federal de ensino agrícola profissional (1967 a 1986)
DOI:
https://doi.org/10.21680/1981-1802.2023v61n68ID32752Palavras-chave:
Colégios Agrícolas, Ensino profissional agrícola, Escola-fazenda, História da EducaçãoResumo
Este artigo apresenta compreensões históricas a respeito do modelo escola-fazenda implantado na rede federal de ensino agrícola profissional (1967-1986). A pesquisa historiográfica centrou-se em identificar, levantar e transformar em fontes documentos legislativos, manuais, diretrizes curriculares, material didático, entre outros, produzidos pelo Ministério da Educação e por colégios agrícolas. Elege como parâmetro a pesquisa documental e marca intersecções entre a teoria do capital humano e o modelo educacional. Também analisa os pressupostos curriculares e organizacionais, além do funcionamento dos colégios agrícolas, segundo o modelo escola-fazenda. Entendeu-se que as diretrizes do ensino profissional agrícola, implementadas por meio do modelo escola-fazenda para a formação do técnico em agropecuária, emanadas da Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário, estavam fundamentadas na tríade ensino/trabalho/produção e visavam a formar técnicos capacitados para contribuir com a modernização do setor agrícola e do meio rural.
Downloads
Referências
BRASIL. Decreto nº 60.731, de 19 de maio de 1967. Transfere para o Ministério da Educação e Cultura os órgãos de ensino do Ministério da Agricultura e dá outras providências, 1967. Diário Oficial da União, Brasília, DF, Seção 1, 22 maio 1967. Disponível em: https://www2.camara.leg.br. Acesso em: 12 jan. 2019.
BRASIL. Decreto-Lei nº 869, 12 de setembro de 1969. Dispõe sobre a inclusão da Educação Moral e Cívica como disciplina obrigatória, nas escolas de todos os graus e modalidades, dos sistemas de ensino no País, e dá outras providências, 1969. Diário Oficial da União, Brasília, DF, Seção 1, 15 set. 1969. Disponível em: https://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=195811. Acesso em: 30 abr. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretoria de Ensino Agrícola. Estrutura Curricular do Ensino Agrícola de grau médio. Brasília: Ministério da Educação, 1970a.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretoria de Ensino Agrícola. Estrutura Curricular do Ensino Agrícola de grau médio. Brasília: Ministério da Educação, 1970b.
BRASIL. Lei 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º graus, e dá outras providências, 1971. Diário Oficial da União, Brasília, DF, Seção 1, 12 ago. 1971. Disponível em: https://www2.camara.leg.br. Acesso em: 30 abr. 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. PEÇANHA, Wolga (org.). Manual da Escola-Fazenda. Brasília: CENAFOR, 1972a.
BRASIL. Ministério da Educação. Relatório das metas e bases para a ação do Governo. Brasília: Ministério da Educação, 1972b.
BRASIL. Ministério da Educação/CEBRACE. Habilitação básica em agropecuária, Rio de Janeiro: Ministério da Educação, 1975 (v. 4).
BRASIL. Ministério da Educação. Ministério da Educação Situação atual e perspectivas. Brasília: Ministério da Educação, 1976a.
BRASIL. Ministério da Educação/CENAFOR. A posição do ensino agrícola de 2º grau no Brasil. São Paulo: Ministério da Educação, 1976b.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretoria do Ensino Médio. Habilitações Básicas em Agropecuária: Fundamentos, Currículo, Metodologia e Avaliação. Brasília: Ministério da Educação, 1977.
BRASIL. Ministério da Agricultura. Relatório geral do Ministério da Educação e Cultura –1977. Brasília: Secretaria Geral/CODEAC, 1978.
BRASIL. MEC/COAGRI. Atuação da COAGRI para o desenvolvimento do ensino no setor primário da economia. Brasília: Ministério da Educação, 1979a.
BRASIL. Ministério da Educação. Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário. Relatório 1979. Brasília: Ministério da Educação, 1979b.
BRASIL. Ministério da Educação. Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário. Relatório Geral. Secretaria de Ensino de 1º e 2º graus. Brasília: Ministério da Educação, 1982.
BRASIL. CENAFOR. Perfil: ano da formação profissional. São Paulo: CENAFOR, 1984.
BRASIL. Ministério da Educação. Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário. Diretrizes de Funcionamento de uma Escola Agrotécnica Federal. Brasília: Secretaria de Ensino de 1º e 2ºgraus, 1985.
BRASIL. Decreto nº 93.613, de 21 de novembro de 1986. Extingue órgãos do Ministério da Educação, e dá outras providências, 1986. Diário Oficial da União, Brasília, DF, Seção 1, 24 nov. 1986. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1980-1987/decreto-93613-21-novembro-1986. Acesso em: 16 jan. 2022.
BRÁS, Maria; NASCIMENTO, José C.; COSTA, João Ribas da. Moral e civismo: livro 4. 5. ed. São Paulo: FTD; Rio de Janeiro, 1978.
CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1990.
COAGRI. Ministério da Educação. Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário. Escola-fazenda uma experiência vitoriosa. Revista Educação, Brasília, p. 43-46, jul./dez. 1983a.
COAGRI. Ministério da Educação. Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário. Aluno da COAGRI, um modelo do novo brasileiro. Revista Educação, Brasília, p. 56-57, jul./dez. 1983b.
CONCEIÇÃO, Joaquim Tavares da. A pedagogia do internar: história do internato no ensino agrícola federal (1934-1967). São Cristóvão: Editora UFS, 2012.
CONCEIÇÃO, Joaquim Tavares da; LIMA, Aristela Arestides. Instrução agrícola, saúde, higiene e moralização dos costumes na Cartilha do agricultor. Cadernos de História da Educação, Uberlândia, v. 20, p.1-20, 2021.
FRANCO, Maria Laura Puglisi Barbosa; ZIBAS, Dagmar Maria Leopoldi. Educação-produção: as distorções do sistema. Educação & Sociedade, Campinas, v. 29, p. 100-121, jul.1988.
FREITAS, Marcos Cezar de; BICCAS, Maurilane de Souza. História social da educação no Brasil (1926-1996). São Paulo: Cortez, 2009.
GUSSO, Divonzir Arthur. A política de desenvolvimento social e seu impacto na educação profissionalizante. In: SEMINÁRIO SOBRE OFERTA DE HABILITAÇÕES PROFISSIONAIS EM NÍVEL DE 2º GRAU. Brasília: MEC/DEM, 1975.
LIMA, Aristela Arestides. “Aprender a fazer e fazer para aprender”: configurações do modelo escola-fazenda no ensino profissional agrícola (1967-1986). 2021. 264 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2021.
MIRANDA, Jarbas Magno. O modelo pedagógico do curso de educação Profissional em agropecuária do IFMS-CNA e sua relação com o arranjo produtivo local. 2011. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade de Brasília, 2011.
MENDONÇA, Sônia Regina de. O ruralismo brasileiro (1888-1931). São Paulo: Hucitec, 1997.
MIZOGUCHI, Shigeo. Um sistema de ensino brasileiro onde o jovem aprende, trabalha e ganha. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO. Formação profissional e emprego nas periferias. Salvador: MEC/PRODASEC/URBANO, 1981. (Documento final)
NASCIMENTO, Jorge Carvalho do. Memórias do aprendizado: oitenta anos de ensino agrícola. Maceió: Edições Cataventos, 2004.
NERY, Marco Arlindo Amorim. O patronato agrícola São Maurício: célula mater do ensino agrícola federal em Sergipe. (1924-1934). Aracaju: Editora IFS, 2019.
QUEIROZ, Lúcia Rosa de. Painel dos Ministérios necessidades de recursos humanos formados em nível de 2 º grau. In: MEC/DEM. SEMINÁRIO SOBRE OFERTA DE HABILITAÇÕES PROFISSIONAIS EM NÍVEL DE 2º GRAU. Anais [...]. Brasília: Ministério da Educação, 1975.
NERY, Marco Arlindo Amorim. Pelos caminhos de Deméter: os aprendizados agrícolas federais e as políticas para o ensino agrícola primário no início do século XX (1910-1947). 2010. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2010.
RODRIGUES, Ângelo Constâncio. A educação profissional agrícola de nível médio: o sistema escola fazenda na gestão da coordenação nacional do ensino agropecuário-COAGRI (1973-1986). 1999. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1999.
SANFELICE, José Luís. O Estado e a política educacional do regime militar. In: SAVIANI, Dermeval (org.). Estado e políticas na história da educação brasileira. Vitória: EDUFES, 2010.
SCHULTZ, Theodore William. O capital humano: investimentos em educação e pesquisa. Tradução Marco Aurélio de Moura Matos. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.
TAVARES, Carlos Alberto. A formação do técnico em agropecuária no Sistema escola-fazenda – um estudo de avaliação nas escolas agrotécnicas federais de Pernambuco. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife, 1992.
WARDE, Mirian Jorge. Educação e estrutura social: a profissionalização em questão. Cortez & Moraes, São Paulo, 1979.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Educação em Questão
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
À Revista Educação em Questão ficam reservados os direitos autorais no tocante a todos os artigos nela publicados.
A Revista Educação em Questão reserva-se ao direito de não publicar artigos e resenhas de mesma autoria (ou em co-autoria) em intervalos inferiores há 1 (um) ano.
