Mulheres quilombolas e presenças no ensino superior
DOI:
https://doi.org/10.21680/1981-1802.2024v62n72ID36473Palavras-chave:
Mulher Quilombola, Educação, Acesso, PermanênciaResumo
A universidade, embora potencialmente transformadora, também impõe padrões eurocêntricos que marginalizam perspectivas quilombolas. Nesse sentido, esse artigo tem como objetivo explorar, através dos relatos, as categorias de conquista e re-existência quilombola no contexto universitário, interpretadas à luz da fenomenologia Merleau-Pontyana. Metodologicamente, o estudo foi desenvolvido a partir da produção e interpretação de relatos de quatro estudantes quilombolas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Constatamos casos de sucesso acadêmico que enriquecem o conhecimento sobre suas experiências e percepções diante dos desafios estruturais. A implementação do Programa de Inclusão de Estudantes Quilombolas na UFMT ilustra um avanço significativo em termos de inclusão e representatividade. As mulheres quilombolas não apenas resistem, mas também se afirmam como agentes de mudança e resistência cultural, influenciando positivamente as suas comunidades. Portanto, o estudo destaca o impacto das políticas de ações afirmativas na promoção da igualdade racial e na democratização do acesso e permanência no ensino superior.
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