Educação escolar indígena e política linguística

Autores

  • Aldir Santos de Paula Universidade Federal de Alagoas

Palavras-chave:

Línguas indígenas no Brasil, Educação Escolar Indígenas, Políticas linguísticas.

Resumo

As línguas indígenas faladas em território brasileiro atravessam diferentes
situações sociolinguísticas, que vão de um monolinguismo em língua
indígena a um bilinguismo gradual em que a língua indígena vai se
deslocando pela presença da língua portuguesa. A este quadro somam-se
os povos indígenas que só falam o Português. A diminuição do número
de povos e línguas indígenas, quadro conhecido como glotocídio, teve
início com a colonização e, de certa forma, perdura até hoje, pelos mais
variados motivos. O processo de contato resultou, portanto, em uma
gradativa perda das manifestações culturais características e, em alguns
casos, até da língua indígena, o que ocasionou uma situação desastrosa
de deslocamento linguístico, que, de certa forma, perdura como
uma memória de sofrimento e a busca de superação de tal processo,
especialmente, mas não exclusivamente, no nordeste brasileiro. Neste
trabalho objetivamos discutir o papel das políticas linguísticas para
a manutenção ou reavivamento linguísticos das línguas indígenas no
Brasil frente às crescentes demandas de ensino escolar e as eventuais
migrações populacionais para as cidades do entorno das aldeias ou não e
a consequente necessidade de políticas como um instrumento em favor
da manutenção ou reavivamento da cultura e da língua indígena, que,
se bem planejadas, podem aumentar as expectativas positivas em relação
ao ensino de línguas e aos movimentos de cultura dessas sociedades,
ao tempo em que acessam os conhecimentos produzidos pelos demais
povos.

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Publicado

12-09-2016

Como Citar

DE PAULA, A. S. Educação escolar indígena e política linguística. Revista do GELNE, [S. l.], v. 17, n. 1/2, p. 113–129, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/10177. Acesso em: 13 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos