Política linguística nacional na escola dos kohoroxitari

Autores

  • Hellen Cristina Picanço Simas Universidade Federal do Amazônia
  • Regina Celi Mendes Pereira Universidade Federal da Paraíba

Palavras-chave:

Política Linguística, língua yanomami, Maturacá-AM

Resumo

Neste artigo discutimos sobre os principais fatores que caracterizam
a implementação da Política Linguística Nacional relacionada ao
desenvolvimento do ensino de línguas nas escolas indígenas. Para tanto,
utilizamos dados advindos de observações realizadas na Escola Estadual
Indígena Imaculada Conceição, localizada na comunidade Yanomami da
região de Maturacá, no município de são Gabriel da Cachoeira, estado
do Amazonas. O marco teórico que guiou a investigação e análise dos
dados pautou-se em discussões sobre as políticas linguísticas nacionais
para o ensino de línguas indígenas e as reflexões que as problematizam
e analisam, evidenciadas no Referencial Curricular Nacional para as
Escolas Indígenas (1998) e nos trabalhos de Cavalcante & Maher (2007);
D’Angelis (2005), Monte (1994) e também nas contribuições sobre Política
linguística de Calvet (2007), Haugen (1966) e Heinz Kloss (1967). Os
resultados apontam que são cinco os fatores que dificultam a implantação
da Política Linguística Nacional: desconhecimento da realidade
sociolinguística da comunidade ou não levá-la em consideração durante a
elaboração de projetos voltados para o ensino de línguas; letramento em
comunidade ágrafa; supervalorização do ensino-aprendizagem da escrita
em língua portuguesa e em língua yanomami; alfabetização sendo feita
primeiramente em língua portuguesa e falta de material escrito em Língua
Yanomami.

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Publicado

12-09-2016

Como Citar

SIMAS, H. C. P.; PEREIRA, R. C. M. Política linguística nacional na escola dos kohoroxitari. Revista do GELNE, [S. l.], v. 17, n. 1/2, p. 131–158, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/10178. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos