Mário de Andrade, Dioniso e Arlequim

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/1517-7874.2017v19n0ID12407

Palavras-chave:

Poesia de Mário de Andrade, Nietzsche, lirismo apolíneo-dionisíaco.

Resumo

Nietzsche apresenta o lirismo como embrião da tragédia, mostrando sua gênese apolíneo-dionisíaca a partir do “estado de ânimo musical”. A lírica de Mário de Andrade, entretanto, apresenta em sua densidade exuberante a irresolução desta síntese, sugerindo o conflito entre o homem teórico e o músico, que deixou nos fragmentos de sua poesia as marcas de outra relação: a de Dioniso e Arlequim. 

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Biografia do Autor

Marcos Falchero Falleiros, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Marcos Falchero Falleiros é graduado em Filosofia e em Letras, pela USP, onde defendeu mestrado sobre Graciliano Ramos e doutorado sobre Manuel Bandeira pelo Departamento de Letras da FFLCH. Desde 1996, atua como professor de literatura brasileira e comparada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal. Publicou, sobre Graciliano Ramos, “A figura da grade”, na revista Teresa, n. 3, (USP), e “Fausto, o Manifesto comunista e S. Bernardo”, em Fausto e a América Latina, São Paulo: Humanistas, 2010. Email:marcffal@gmail.com lattes: http://lattes.cnpq.br/7240024746199267">http://lattes.cnpq.br/7240024746199267

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Publicado

15-09-2017

Como Citar

FALCHERO FALLEIROS, M. Mário de Andrade, Dioniso e Arlequim. Revista do GELNE, [S. l.], v. 19, p. 79–93, 2017. DOI: 10.21680/1517-7874.2017v19n0ID12407. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/12407. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos