Resistência e o lugar de verdade do discurso: sobre as manifestações sociais de 28 de abril de 2017
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2018v20n1ID13238Resumo
A verdade se constitui em um aspecto relevante do discurso, tendo em vista que toda manifestação discursiva apresenta seu lugar de verdade. No entanto, como a verdade é percebida por meio de um lugar, isto é, construída por sujeito a partir de um posicionamento, emergem-se discursos antagônicos que coexistem em meio a pontos de confronto, sendo denominados de resistência. Assim, o presente artigo se propõe a analisar discursos sobre as manifestações sociais, relacionadas à greve nacional do dia 28 de abril de 2017, objetivando investigar a construção de um lugar de verdade defendido pelos sujeitos manifestantes. Como recorte, foram selecionadas cinco imagens disponíveis na internet, possibilitando uma análise mais precisa sobre tal ação em detrimento às mudanças trabalhistas e previdenciárias propostas pelo governo interino Michel Temer. Para tal leitura, optou-se pelas formulações ligadas ao campo da Análise do Discurso de vertente francesa, mais precisamente às considerações de Michel Foucault, com ênfase nos conceitos de discurso, sujeito, resistência e verdade. Verifica-se que os discursos materializados nas imagens recorrem a estratégias e campos do saber diversificados, tais como jurídico e religioso, dados pela resistência, em função de uma legitimação discursiva, construindo um lugar de verdade que se contrasta com a ordem estabelecida.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.