Reflexões metaortográficas às margens do romance “A mais encantadora mulher” (1903), de Gonzaga Filho
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2021v23n2ID23733Resumo
No ano de 1903, José Basileu Neves Gonzaga Filho (02/12/1849 – 09/09/1931) publica o romance A mais encantadora mulher – um romance para senhoras. À época, a escrita das palavras era marcada por variações gráficas, de modo que poderíamos encontrar, por exemplo, no mesmo texto, os pares “charta/carta”, “mez/mes” e “asa/aza”. Ressentia-se o romancista de não haver um discurso comum para a grafia dos termos da língua. Assim, ao escrever seu romance, Gonzaga Filho elabora um pequeno léxicon para justificar a escrita de um conjunto de vocábulos. Este trabalho segue um percurso metodológico de natureza bibliográfica e documental, está orientado pelos pressupostos teóricos de estudos grafemáticos desenvolvidos por alguns historiadores da língua do mundo hispânico (SÁNCHEZ-PRIETO BORJA, 1998; PENSADO, 1998; FRAGO GRACIA, 2002; RAMÍREZ LUENGO, 2012) e objetiva refletir sobre algumas motivações elencadas por Gonzaga Filho (1903) para justificar suas soluções gráficas, sejam elas fonéticas, etimológicas, prosódicas ou de harmonia (neolatina). Encontramos em Gonzaga Filho uma postura metaortográfica que se insere no seio da história da ortografia da língua portuguesa e que revela o percurso que a escrita da língua portuguesa foi tomando, em sincronias passadas, rumo à sua estandardização
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