Nomes próprios e humor agressivo nas redes sociais
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2023v25n1ID32491Resumo
Este artigo apresenta um conjunto de piadas que funcionam basicamente segundo o seguinte procedimento: ler um nome próprio como se não designasse um indivíduo, mas como se fosse um enunciado de tamanho variável que se refere a classes de indivíduos, a ações, que são declarações. Por exemplo, “Eu pinto paredes; o Jânio Quadros”, “Lima Maria” (lhe mamaria), “Jorge, O Ringo Star?” (O Ringo está?) etc. Em geral, ocorrem pequenas alterações de sons ou diferentes separações das sequências (star / está), obrigando o leitor a descobrir outro enunciado sob um enunciado que é ou parece ser um nome próprio, o que implica teorias da leitura que vão
além da relação som-letra. Às vezes se trata de uma piada inocente, mero jogo de linguagem. Em outros casos, pessoas ou grupos são objeto de derrisão.
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