Atipa. Roman Guyanais: crítica e resistência à colonização francesa na Guiana do século XIX
DOI:
https://doi.org/10.21680/1517-7874.2024v26n1ID35421Resumo
Este artigo investiga Atipa: Roman Guyanais (1885) de Alfred Parépou, destacando sua importância como um marco da resistência cultural e linguística na Guiana Francesa pós-abolição. Através de uma análise detalhada, o texto revela como Atipa, herói guianense, captura as complexidades sociais e políticas da época, utilizando o crioulo guianense como uma ferramenta para desafiar a dominação cultural e linguística francesa. O estudo enfatiza a posição singular do romance na literatura francófona da América Latina, ressaltando sua contribuição indispensável para compreender a história e a cultura guianense. A escolha de Parépou pelo crioulo não apenas confere autenticidade às narrativas locais, mas também representa uma crítica contundente às hierarquias coloniais, marcando a obra por sua abordagem direta na denúncia das injustiças do colonialismo. Além disso, o artigo reflete sobre a ironia e as implicações de analisar o texto através de sua tradução para o francês, considerando este ato como uma extensão da resistência de Parépou. Este estudo busca ampliar a valorização da obra como uma expressão literária e um documento cultural essencial, enfatizando o papel da literatura como um veículo de resistência e expressão em contextos de opressão. Para tal análise, nos apoiamos na abordagem de Fanon (2008), cujas ideias ampliam nossa compreensão sobre as estratégias de resistência cultural e identitária em contextos coloniais.
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