GALEN STRAWSON, ROBERT HANNA E A METAFÍSICA DA CONSCIÊNCIA
Abstract
Foram submetidas ao exame duas metafísicas da consciência, com características bastante distintas: o realismo monista de Galen Strawson e o pós-fundamentalismo de Robert Hanna. Apesar de suas diferenças, ambas têm em comum duas premissas, primeiro, que as teorias tradicionais da emergênciacomo superveniência das propriedades experienciais a partir das propriedades físicas são falhas por terem como base a visão fisicalista do mundo; segundo, que o fisicalismo deve ser abandonado em favor de uma visão metafísica do mundo mais apropriada. O realismo monista proposto por G. Strawson sustenta que a emergência só pode ser metafisicamente inteligível a partir de uma visão, de todo modo, pampsiquista do mundo. Hanna, por sua vez, sustenta que, sob bases pós- fundamentalistas, e dispensando o pampsiquismo, é possível explicar a emergência não em termos de superveniência, e sim como emergência dinâmica, i.e, onde propriedades experienciais são fundidas com as propriedades físicas. Mostrei que a crítica de G. Strawson à emergência como superveniência pode ser estendida à emergência dinâmica, a despeito do fato de que a teoria da emergência proposta por Hanna assumir bases bem distintas das teorias tradicionais da superveniência. Como resultado, mostrei que o pós-fundamentalismo de Hanna não é capaz de produzir uma teoria da consciência que inclua a emergência sem que seja necessário incluir também o pampsiquismo para se tornar metafisicamente inteligível.
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