MÉTODO DA CARTOGRAFIA E RAZÃO SENSÍVEL: SENTIDOS DE UMA EDUCAÇÃO CAMINHANTE
Resumo
A reflexão que se inicia tem como ponto central o método da cartografia, como abordagem que aponta para novas formas de encarar a pesquisa e a própria produção de saberes, e como pressuposto não mais dependente de predeterminações inquestionáveis ou percursos lineares, que levam sempre aos mesmos lugares. Para isto, cruzaremos três questões relacionadas a esta ruptura de paradigmas: a cartografia enquanto “forma disforme” de produzir percursos de pesquisa; o conceito de razão sensível desenvolvido por Michel Maffesoli; e os sentidos de educação enquanto processo sempre cambiante. Pensar a cartografia como caminho para pesquisar nas várias áreas das ciências humanas, implica buscar novas formas de conceber sentidos ao pensamento, como instância que não permite delimitações definitivas. A relação que se almeja desenvolver entre o método da cartografia, elaborado a partir do pensamento de Gilles Deleuze e Félix Guattari, e o conceito de razão sensível, desenvolvido por Michel Maffesoli, apresenta-se como uma tentativa de compreender o próprio processo de produção de sentidos para o pensar que se faz na experiência. Nesta dinâmica, conhecer e fazer são indissociáveis, e os desvios que se dão no percurso do vivido impossibilitam qualquer pretensão à neutralidade.
Palavras-chave: Educação. Método da cartografia. Razão sensível. Michel Maffesoli
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