O PAPEL DA CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA NA CONSOLIDAÇÃO DO COSMOPOLITISMO HUMANISTA

REFLEXÕES DESDE UMA VISÃO SISTÊMICA DO DIREITO INTERNACIONAL

Autores

Resumo

A humanização da agenda internacional ocasionou a jurisdicionalização do Direito Internacional. Com efeito a tutelar os direitos humanos, os atores internacionais sofrem uma expansão, fazendo com que as próprias Cortes Internacionais voltem-se para este fim. Nesse cenário, o presente texto parte do pressuposto de que a Corte Internacional de Justiça deve ser vista como um dos principais atores internacionais responsáveis pelo desenvolvimento do cosmopolitismo humanista, o qual, ao seu turno, fornece as bases para rechaçar-se a visão fragmentária do direito internacional, em prol de sua visão sistêmica. Para tanto, optando pelo método de abordagem hipotético-dedutivo, pela metodologia descritiva e explicativa de análise e pelas técnicas procedimentais bibliografia e documental, o texto parte de uma análise da Corte e de sua jurisprudência para atestar a virada aos direitos humanos, perpassando, na sequência, pelo estudo do cosmopolitismo humanista a partir de Delmas-Marty, a fim de discorrer sobre este enquanto base para assentar a unidade do direito internacional. Ao cabo, conclui-se pela existência de um axioma cosmopolita que promove a convergência necessária para a defesa da visão sistêmica do Direito Internacional, sendo esta representada pela tutela dos direitos humanos, tal como expressa a Corte Internacional de Justiça.

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Biografia do Autor

Tatiana Cardoso Squeff, Universidade Federal de Uberlândia

Professora de Direito Internacional da Univerisdade Federal de Uberlândia (UFU) e do Programa de Pós-Graduação em Direito da mesma Universidade. Professora do programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Doutora em Direito Internacional pela UFRGS (2018), com período sanduíche junto a University of Ottawa - Canadá. Mestre em Direito Público pela Unisinos (2012), com período sanduíche junto a University of Toronto - Canadá. Pós-graduada em Direitos Humanos pela Universidade de Coimbra (2022), em Relações Internacionais Contemporâneas pela UFRGS (2015), em Direito Internacional Público, Privado e da Integração Regional pela UFRGS (2009) e em Língua Inglesa pela Unilasalle (2008). 

Murilo Borges, Universidade de São Paulo - USP

Mestrando em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo. Graduado em Direito pela FMP, Porto Alegre/RS, onde foi bolsista do Grupo de Pesquisa Sociedade da Informação e Fake Democracy: os ricos à Liberdade de Expressão e à Democracia Constitucional. Pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisa em Direito Internacional, na linha de pesquisa Direito Internacional Crítico (DICRÍ), vinculado a Universidade Federal de Uberlândia (UFU/CNPq). Voluntário no Instituto Brasileiro de Direito do Mar (IBDMAR/Brazilian Institute for the Law of the Sea – BILOS). Assistente-Voluntário no Serviço de Assessoria Jurídica Universitária (GATRA/SAJU). Membro do Núcleo de Competições Internacionais de Direitos Humanos (NUCINDH) da FMP. Colunista na Revista Relações Exteriores.

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Publicado

29-06-2023

Como Citar

CARDOSO SQUEFF, T.; BORGES, M. O PAPEL DA CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA NA CONSOLIDAÇÃO DO COSMOPOLITISMO HUMANISTA: REFLEXÕES DESDE UMA VISÃO SISTÊMICA DO DIREITO INTERNACIONAL. Revista Digital Constituição e Garantia de Direitos, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 115–143, 2023. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/constituicaoegarantiadedireitos/article/view/32546. Acesso em: 28 abr. 2024.

Edição

Seção

25ª EDIÇÃO