DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS

A RESPONSABILIDADE DO BRASIL PERANTE A CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS

Autores

  • Laila Roxina Moliterno Abi Cheble Universidade Federal de Rio Grande do Sul (UFRGS) afiliada ao Centro de Estudos Europeus e Alemães (CDEA-DAAD)- Universidad Nacional de Tucumán (UNT-Argentina) https://orcid.org/0000-0001-9017-2129
  • Daniela Correa Jacques Brauner Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)/ Defensoria Pública da União (DPU) https://orcid.org/0000-0002-7260-3842

DOI:

https://doi.org/10.21680/1982-310X.2025v18n1ID39181

Resumo

O artigo analisa a relação entre os Direitos Humanos e as empresas, destacando o papel da responsabilidade social empresarial (RSE) e a responsabilidade do Estado Brasileiro perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) em casos que envolvem violações cometidas no contexto de empresas. Inicialmente, discute-se o impacto da globalização e evolução da RSE  para, posteriormente, demarcar as obrigações compartilhadas pelos Estados e empresas de respeitar os Direitos Humanos e cuidar o meio ambiente diante do antropoceno. Em seguida, aponta a evolução da RSE no seio das Nações Unidas, incluindo o Pacto Global (UN Global Compact) e os Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos, conhecidos como Princípios Ruggie, destacando o conceito de Responsabilidade Empresarial em matéria de Direitos Humanos (REDH). Abordam-se os termos TBL e ESG, difundidos na gestão da RSE. Por fim, apresenta duas condenações ao Estado Brasileiro perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) bem como o posicionamento da Comissão Interamericana de  Direitos Humanos (CIDH). Esses casos (aso Trabalhadores Fazenda Brasil Verde Vs. Brasil e Caso Empregados da Fábrica de Fogos de Santo Antônio de Jesus e seus Familiares vs. Brasil) evidenciam o liame entre Estados e Empresas em prol dos Direitos Humanos. Conclui-se que o vínculo entre os Direitos Humanos e as Empresas é indissolúvel, sendo que a incorporação dos Direitos Humanos nas práticas empresariais -durante toda a cadeia produtiva- impacta na reputação e sustentabilidade das empresas, além de ser chave na eventual responsabilidade internacional dos Estados. No que tange à metodologia, esse trabalho é de cunho qualitativo, descritivo e analítico, e se desenvolve a partir de revisão bibliográfica pesquisa documental.

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Biografia do Autor

Laila Roxina Moliterno Abi Cheble, Universidade Federal de Rio Grande do Sul (UFRGS) afiliada ao Centro de Estudos Europeus e Alemães (CDEA-DAAD)- Universidad Nacional de Tucumán (UNT-Argentina)

Doutoranda e Mestra em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) vinculada ao Centro de Estudos Europeus e Alemães (CDEA). Visiting scholar na Academy for European Human Rights Protection, Universidade de Colonia (Alemanha).  Bacharel em Direito pela Universidade Nacional de Tucumán (UNT, Arg.).

Daniela Correa Jacques Brauner, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)/ Defensoria Pública da União (DPU)

Doutora e Mestra em  Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Bacharel em Direito (UFRGS). Defensora Pública Federal e Interamericana. Professora da Attitus Educação.

 

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Publicado

01-06-2025

Como Citar

MOLITERNO ABI CHEBLE, Laila Roxina; CORREA JACQUES BRAUNER, DANIELA. DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS: A RESPONSABILIDADE DO BRASIL PERANTE A CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Revista Digital Constituição e Garantia de Direitos, [S. l.], v. 18, n. 1, p. 29–46, 2025. DOI: 10.21680/1982-310X.2025v18n1ID39181. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/constituicaoegarantiadedireitos/article/view/39181. Acesso em: 20 jul. 2025.

Edição

Seção

32ª Edição