Negação da política e politização da educação:
a prática discursiva do Movimento Escola sem Partido
DOI:
https://doi.org/10.21680/1981-1802.2018v56n50ID14483Palavras-chave:
Escola sem partido, Disciplinarização, Currículo, CorporeidadeResumo
Neste texto nossa intenção é situar o discurso elaborado pelo Movimento Escola Sem Partido (ESP), que objetiva construir determinada narrativa acerca de temas importantes na educação, especificamente no campo do currículo. Em sua ação ideológica, o ESP defende a despolitização da escola, a separação entre formação e ensino e o discurso sobre o controle da corporeidade, enfatizando as questões de identidade e gênero. Ao tratarmos do movimento em perspectiva histórica, o faremos a partir de dois momentos cruciais para a construção da hegemonia da direita. Inicialmente, recuperamos aspectos importantes do processo de construção do discurso, fundado na racionalidade técnica, elaborado pelo Instituto de Organização Racional do Trabalho (IDORT) na década de 1930. Na sequência, analisamos aspectos que marcaram a construção da ação política do Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPES) na década de 1960, sua ação ideológica e as teses que defendeu. Por fim, retomamos ao ESP, e procedemos à análise de algumas das teses que defendem e os limites que elas expressam.
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