O jogo pedagógico e as interações multimodais no ensino
DOI:
https://doi.org/10.21680/1981-1802.2022v60n65ID28790Palavras-chave:
jogo pedagógico; interação; ensino; trabalho docente.Resumo
Este artigo discute a interação entre professores e alunos/estudantes, na sala de aula, que se delineia mediante o jogo pedagógico. O tema é explorado com base em um recorte de uma pesquisa de doutorado, que buscou identificar e caracterizar os elementos constitutivos desse jogo, a saber: os papéis, as regras, as máscaras e o cenário/foco. Os dados da investigação foram reunidos por meio de entrevistas realizadas com duas professoras, as quais atuam na educação básica, uma de Física, do primeiro ano do Ensino Médio, e outra de Geografia, do sexto ano do Ensino Fundamental. No que tange à fundamentação teórica, o trabalho ancora-se em uma concepção multidisciplinar da interação, principalmente das áreas da Educação e da Linguística, e do jogo, explorada a partir de referenciais da filosofia, da sociologia e da história. Objetiva-se, dessa forma, compreender melhor a interação na ação docente e, particularmente, no ensino, atividade fim da docência.
Downloads
Referências
ALTET, Marguerite. As competências do professor profissional: entre conhecimentos, esquemas de ação e adaptação, saber analisar. In: Léopold Paquay, Marguerite Altet, Évelyne Charlier & Philippe Perrenoud (dir.). Formando professores profissionais. Quais estratégias? Quais competências? Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
AQUINO, Julio Groppa. Indisciplina: o contraponto das escolas democráticas. São Paulo: Moderna, 2005.
BAKHTIN, Mikhail; VOLOCHINOV, Valentin. Marxismo e filosofia da linguagem. Problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1992 [1929].
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 1993 [1926].
BOAL, Augusto. Jogos para atores e não-atores. 10.ed. ver. e ampliada. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
BOURDIEU, Pierre. Razões práticas: sobre a teoria da ação. 7. ed. Campinas: Papirus, 2005.
BOURDIEU, Pierre. Esboço de uma teoria da prática. In: ORTIZ, R. (org.). Pierre Bourdieu: sociologia. São Pulo: Ática, 2003, p. 46-81.
CECÍLIA. Entrevista. Rio Claro (São Paulo), 2019.
CELA, Jaume Y PALOU, Juli. Interacción. Cuadernos de pedagogía (254), 1997, p. 59-63.
CHARTIER, Roger. O mundo como representação. Estudos Avançados. Estud. av. vol.5 no.11. São Paulo, 1991. Jan./Apr.
GARFINKEL, Harold. A conception of, and experiments with, “trust” as a condition of stable concerted actions. In: Motivation and Social Interaction, Cognitive Determinants. O. J. Harvey (Ed.), New York: The Ronald Press, 1963, p. 187–238.
GAUTHIER, Clermont.; MARTINEAU, Stéphane. Imagens de sedução na pedagogia - a sedução como estratégia profissional. Educação e Sociedade, n. 66, 1999, p. 13-54.
GOFFMAN, Erving. A elaboração da face: uma análise dos elementos rituais da interação social. In.: FIGUEIRA, Sérvulo. (Org.). Psicanálise e Ciências Sociais. Trad. Jane Russo. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980, p. 76–114.
HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. Perspectiva: São Paulo, 1999.
KELLING, George; COLES, Catherine;. Fixing Broken Windows: Restoring Order and Reducing Crime in Our Communities, 1996. Touchstone, Simon and Schuster, New York. ISBN 0-684-83738-2.
KHISHIMOTO, Tizuko Morchida. (Org). Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2011.
LAKOFF, George. & JOHNSON, Mark. Metaphors we live by, The University of Chicago, Chicago, 1980.
LARISSA. Entrevista. Rio Claro (São Paulo), 2019.
LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. Trad. Ricardo Corrêa Barbosa; posfácio: Silviano Santiago – 6. ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2000. Título original: La condition postmoderne, 2010 [1979].
MASSCHELEIN, Jan; SIMONS, Maarten. Em defesa da escola: uma questão pública. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2014. Coleção: Experiência e Sentido.
MAINGUENEAU, Dominique. Análise de Textos de Comunicação. São Paulo: Cortez, 2004.
PERRENOUD. Philippe. Ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza. Porto Alegre: Artmed Ed, 2001 a, p. 135-193.
PERRENOUD. Philippe. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação. Lisboa, Dom Quixote, 1993.
PERRENOUD. Philippe. O trabalho sobre o habitus na formação de professores: análise das práticas e tomada de consciência. In: PAQUAY, Léopold; PERRENOUD, Philippe; ALTET, Marguerite; CHARLIER, Évelyne. (org.) Formando professores profissionais: quais estratégias? Quais competências? Porto Alegre: Artmed, 2001 b, p. 161-184.
SCHEFFLER, Israel. A linguagem da educação. São Paulo: Saraiva, 1974.
SCHÖN, Donald. The reflective practitioner: how professionals think in action. New York: Basic Books, 2000.
SILVA, Marilda. da. O habitus professoral: o objeto dos estudos sobre o ato de ensinar na sala de aula. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, n.29, 2005, p.152-163, maio/ago.
SOUZA, Denise. Trento. Rebello. de. Entendendo um pouco mais sobre o sucesso (e fracasso) escolar: ou sobre os acordos de trabalho entre professores e alunos. In: Autoridade e autonomia na escola, São Paulo: Summus, 1999.
TARDIF, Maurice. Saberes Docentes e Formação Profissional. 3.ed. Trad. Francisco Pereira. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações filosóficas. São Paulo: Nova Cultural. (Os Pensadores), 1989 [1953].
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Educação em Questão
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
À Revista Educação em Questão ficam reservados os direitos autorais no tocante a todos os artigos nela publicados.
A Revista Educação em Questão reserva-se ao direito de não publicar artigos e resenhas de mesma autoria (ou em co-autoria) em intervalos inferiores há 1 (um) ano.