A Europa e a herança cultural da escola

Abstract

A Europa constituiu-se como um pequeno continente
de grande diversidade étnica e cultural.
Mas as diferentes regiões europeias também
se têm visto, desde a Baixa Idade Média, confrontadas
com forças de convergência que têm
forçado a necessidade de se atender à educação
da população. Para além do esforço
da disseminação da doutrina moral e religiosa
do cristianismo, o incremento das actividades
económicas propiciaram transformações
no tecido social, que levaram a sofisticar a
organização do poder e a própria cultura e
criaram crescentes necessidades de instrução.
Mas essas forças não se apresentaram com a
mesma importância em locais e em períodos
diferentes. São, por isso, evidentes as condições
que forçaram a divergência. Razões de
natureza económica, religiosa e política levaram
a que as regiões protestantes da Europa
avançassem mais rapidamente na generalização
da instrução do que os países católicos.
De qualquer modo, o desenvolvimento económico
obrigou a uma avassaladora expansão
da escolarização nos séculos XIX e XX, tendo
os processos e os conhecimentos escolares
constituído uma cultura transnacional que sustentou
os modos de pensar a organização da
sociedade europeia.