Curiosidade e imaginação na infância

a propósito do filme de animação “Scooby-Doo e o Fantasma da Bruxa”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/1981-1802.2021v59n62ID27055

Palavras-chave:

Curiosidade, Filme de animação, Scooby-Doo, Educação escolar

Resumo

A curiosidade é uma faculdade vívida na infância e juventude. Ela nos impulsiona a buscar pistas e a fazer perguntas para solucionar eventos novos. Neste artigo, discutimos a curiosidade como uma faculdade humana que desponta de maneira enérgica na infância e, com base na análise do filme Scooby-Doo e o Fantasma da Bruxa, propomos o sentido da curiosidade como uma “máquina de mistérios” que nos move a fazer questionamentos em busca de soluções daquilo que desconhecemos. Entendemos que a curiosidade se constitui em uma ferramenta de aprendizagem potente, uma vez que é uma prática que acompanha o fazer científico. Aproximamos direcionamentos teóricos de Edgar Morin e Paulo Freire ao analisar no referido filme como a curiosidade se apresenta entre relações de ação, assombro, pergunta e resposta a partir do diálogo dos personagens. O exercício dessa faculdade, no contexto da película escolhida, pode vislumbrar possibilidades de aprendizagens necessárias a uma educação voltada à curiosidade científica na infância escolar.

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Biografia do Autor

José Augusto de Jesus de Oliveira Neto, Universidade Federal do Pará

Mestrando em Educação em Ciências e Matemáticas na Universidade Federal do Pará. É integrante do Grupo de Pesquisa Práticas Socioculturais e Educação Matemática (GPSEM).

Carlos Aldemir Farias, Universidade Federal do Pará

Prof. Dr. da Universidade Federal do Pará e do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas. É integrante do Grupo de Pesquisa Práticas Socioculturais e Educação Matemática (GPSEM).

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Publicado

27-12-2021

Como Citar

Oliveira Neto, J. A. de J. de, & Farias, C. A. (2021). Curiosidade e imaginação na infância: a propósito do filme de animação “Scooby-Doo e o Fantasma da Bruxa”. Revista Educação Em Questão, 59(62). https://doi.org/10.21680/1981-1802.2021v59n62ID27055

Edição

Seção

Artigos